Bullard, do Fed, diz que 2023 pode ser ano em que alta da inflação desacelera
Política monetária ainda não está em espaço onde atrasaria economia dos EUA, mas em breve estará, afirma chefe do Federal Reserve
O chefe do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, disse nesta quinta-feira (5) que o novo ano pode finalmente trazer algum alívio bem-vindo em relação à inflação.
O Comitê Federal de Mercado Aberto, que define os custos dos empréstimos, “tomou medidas agressivas durante 2022, com aumentos contínuos na taxa básica de juros planejados para 2023, e isso retornou as expectativas sobre o salto dos preços a um nível consistente com a meta de inflação de 2% do Fed”, disse Bullard em uma apresentação em uma reunião realizada pela CFA Society de St. Louis.
“Durante 2023, a inflação real provavelmente seguirá as expectativas de inflação para um nível mais baixo à medida que a economia real se normaliza”, afirmou.
Bullard disse em sua apresentação que a política monetária ainda não está em um espaço onde atrasaria a economia dos EUA, mas em breve estará. Isso, juntamente com as baixas expectativas de inflação, “pode se combinar para tornar 2023 um ano desinflacionário”.
Bullard também afirmou em seus comentários que a economia no segundo semestre do ano passado melhorou em relação a um início de ano sem brilho. Ele disse parecer que o crescimento do Produto Interno Bruto dos EUA está se moderando para um patamar próximo de seu potencial de longo prazo de 2%. Bullard também disse que o mercado de trabalho continua “forte”.