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    BTG Pactual registra lucro líquido de R$ 1,7 bilhão no 4º trimestre de 2022

    Dado representa aumento de 6% frente ao mesmo intervalo de 2021 e uma queda de 20,3% se comparado ao terceiro trimestre

    Cynthia Decloedt, do Estadão Conteúdo

    O BTG Pactual registrou lucro líquido de R$ 1,744 bilhão no quarto trimestre de 2022, o que representa um aumento de 6% frente ao mesmo intervalo de 2021 e uma queda de 20,3% se comparado ao terceiro trimestre.

    A queda trimestral reflete provisões não recorrentes contabilizadas pelo banco, que teria tido lucro líquido de R$ 2,347 bilhões caso as provisões não tivessem sido constituídas.

    O BTG Pactual informou que, por conta de “evento específico amplamente divulgado”, referindo-se ao caso Americanas, o BTG constituiu provisão de R$ 1,197 bilhão, sendo R$ 1,123 bilhão na área de Corporate & SME Lending em função da exposição de crédito e R$ 77 milhões na área de Sales & Trading, por conta da exposição a outros instrumentos financeiros.

    Por outro lado, as despesas com bônus foram reduzidas em R$ 153,1 milhões, enquanto com Imposto de Renda e contribuição social diminuíram em R$ 466,9 milhões, ambos no quarto trimestre.

    No agregado, as provisões não recorrentes impactaram negativamente o lucro líquido do BTG Pactual em R$ 580 milhões. O banco é um dos maiores credores de Americanas, em recuperação judicial, com um crédito de R$ 3,5 bilhões.

    As receitas totais somaram R$ 3,626 bilhões no quarto trimestre, uma queda de 3,9% em 12 meses e de 23,7% em comparação ao terceiro trimestre. Nessa linha, o banco informa que as receitas totais teriam alcançado R$ 4,826 bilhões não fosse o efeito das provisões não recorrentes.

    Em 31 de dezembro de 2022, os ativos totais do BTG Pactual somaram R$ 450,6 bilhões, um aumento de 2,4% em comparação com o terceiro trimestre. O índice de Basileia se manteve estável em 15,1% frente ao terceiro trimestre. No quarto trimestre de 2021, estava em 15,7%.

    O BTG Pactual encerrou o ano de 2022 com um lucro líquido de R$ 8,3 bilhões, representando um aumento de 28% em 12 meses. O banco informa que o desempenho foi recorde em quase todas as nossas linhas de negócios, mesmo com impacto negativo das provisões não-recorrentes.

    O ROE fechou o ano em 20,8% (22,1% excluindo o evento não-recorrente), e receitas totais de R$ 17,25 bilhões, crescimento de 24,1% em relação a 2021. Para o Goldman Sachs, o resultado foi animador.

    “A empresa espera que o ROE de 2023 seja superior a 2022, sustentado pela alavancagem operacional. Vemos essa perspectiva como positiva mensagem de futuro, considerando a forte base de comparação de 22% recorrentes do ROE em 2022. Mantemos nossa posição de compra”, declarou o banco.

    Segundo a equipe de análise do Banco do Brasil, o resultado apresentado pelo BTG foi poisitvo ainda com as provisões extraordinárias em razão do caso Americanas.

    “Vimos majoritariamente um trimestre de evolução, dando continuidade ao bom momento do BTG. Com exceção da área de banco de investimentos, cuja receita recuou 7,6% t/t devido a um trimestre mais fraco nos segmentos de fusões, aquisições e ações, vimos bom avanço em praticamente todas as linhas, com destaque para gestão de patrimônio e ativos, que cresceram 5,3% e 4,7% t/t e 19,1% e 53,4% a/a respectivamente”.

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