Braskem tem prejuízo de R$ 6,69 bilhões em 2020, aumento de 139% ante 2019
No quarto trimestre, companhia teve lucro de R$ 846 milhões
A Braskem registrou lucro líquido de R$ 846 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 2,92 bilhões obtido um ano antes e também perda de R$ 1,41 bilhão no terceiro trimestre. No ano de 2020, a companhia registrou perda de R$ 6,69 bilhões, avanço de 139% em relação ao prejuízo apurado em 2019.
Segundo a empresa, a perda no ano foi em função, principalmente, das provisões referentes ao evento geológico de Alagoas no montante de R$ 6,9 bilhões e do impacto da variação cambial no resultado financeiro dada a depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida no montante de US$ 3,4 bilhões.
O resultado operacional recorrente da companhia totalizou R$ 4,52 bilhões nos meses de outubro a dezembro, ganho de 355% em um ano e alta de 23% em relação ao terceiro trimestre. Em todo o ano passado, este valor somou R$ 10,98 bilhões, incremento de 85% na comparação com 2019.
O resultado operacional recorrente do Brasil foi de R$ 3,68 bilhões, 29% superior ao terceiro trimestre impulsionado por maiores spreads no mercado internacional de PE, PP, PVC e principais químicos, representando 79% do resultado operacional recorrente consolidado de segmentos da companhia.
Segundo a empresa, no quarto trimestre, houve volume de mais de 1 milhão toneladas de resinas comercializadas no Brasil, montante 17% acima da média histórica.
A receita líquida de vendas, por sua vez, foi de R$ 18,74 bilhões no quarto trimestre, ganho de 48% em relação ao mesmo período de 2019. No ano de 2020, a receita total ficou em R$ 58,54 bilhões, alta de 12% em relação a 2019.
A geração livre de caixa da empresa foi de R$ 2,03 bilhões no quarto trimestre, alta de 172% em um ano. Em todo 2020, este valor foi de R$ 1,276 bilhão, retração de 59% em relação a 2019, principalmente devido ao forte resultado operacional recorrente, a monetização de créditos de PIS/Cofins no valor de R$ 1,79 bilhão e a redução dos investimentos previstos pela companhia em 23%.
“Esses impactos foram parcialmente compensados pelo impacto de capital de giro no fluxo de caixa no primeiro semestre do ano, em função do consumo de caixa devido à mudança no perfil de compra de matéria-prima, com menor volume de compra de nafta importada”, disse a empresa em relatório.
Diante disso, a alavancagem corporativa, medida pela relação dívida líquida/Resultado Operacional recorrente em dólares, foi de 2,94 vezes, ante 7,11 vezes no segundo trimestre.