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    Brasil registra mais de 253 mil novas vagas de trabalho formais em outubro

    Acumulado do ano está em mais de 2,6 milhões de vagas criadas

    Ana Carolina Nunesdo CNN Brasil Business , em São Paulo

    O Brasil criou 253.083 novas vagas de trabalho com carteira assinada em outubro de 2021. Foram 1.760.739 admissões e 1.507.656 demissões no país ao longo do mês passado, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência nesta terça-feira (30).

    No acumulado de 2021, o saldo é de 2.645.974 novos empregos formais, decorrente de 17.209.495 admissões e de 14.563.521 desligamentos (com ajustes até outubro de 2021).

    O destaque de outubro novamente foi no setor de serviços, com a criação de 144.641 vagas. Na sequência o comércio, com 73.355. A indústria registrou 26.697 novas vagas, a construção 17.236 e, a agropecuária teve retração, com menos 5.844.

    Dados do Caged de outubro de 2021 / Divulgação/Ministério da Economia

    “Os dados têm revelado a recuperação da economia e do trabalho formal no país, confirmado pela Pnad, divulga hoje.”, afirmou o ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni ao comentar o saldo de empregos de outubro. “O Brasil está saindo da pandemia com a população protegida e como o país da América Latina que mais empregos criou”, completou.

    O ministro destacou ainda os números referentes à pandemia, como aumento de leitos e o avanço da vacinação no país. “Como o presidente Bolsonaro diz, não existe saúde na miséria. E o governo, apesar dos ataques sofridos, não descuidou da economia. É preciso relembrar que o Pronampe protegeu milhões de empresas, pequenas empresas. Protegemos empregos. Fomos capazes de superar a maior crise sanitária desde a gripe espanhola”.

    A região Nordeste teve a maior variação relativa no país, com 0,78% de crescimento de postos de trabalho. Em números absolutos, o Sudeste se destaca com o saldo de 121.409 novas vagas. Entre os estados, 26 tiveram saldo positivo, a exceção é o Amapá.

    Dos novos contratados, 1.033.650 foram homens e 727.089 mulheres. A faixa etária com mais contratações está entre 18 e 24 anos, com 526.270 dos contratatos. Em seguida a faixa dos 30 aos 39 anos, com 474.591.

    Desemprego

    O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também divulgou na manhã desta terça os dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, apontando qua a taxa de desemprego caiu para 12,6% no trimestre móvel de julho a setembro de 2021, uma queda de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre de abril a junho de 2021 (14,2%).

    Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, julho a setembro de 2020, quando a taxa foi estimada em 14,9%, a queda foi de 2,2 pontos.

    Pnad e Caged

    As duas pesquisas trazem dados sobre trabalho e emprego. Contudo, a pesquisa feita pelo IBGE é mais ampla, com informações relacionadas ao emprego informal, o que o Caged não consegue alcançar, já que se refere somente aos registros de contratações com carteira assinada enviadas pelas empresas, como explica o diretor do CNN Brasil Business, Fernando Nakagawa.

    O Caged traz registros de admissões e dispensas de empregados contratados no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e é utilizado pelo Programa Seguro-Desemprego para análise de informações e pagamento de benefícios. O serviço é vinculado à Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

    Revisão

    Embora o ano de 2020 tenha registrado a maior queda da atividade econômica desde 1990, a forte geração de emprego no ano foi motivo de comemoração da equipe econômica. Isso porque, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, essa era a grande diferença da recessão de 2020 em relação às recessões de 2015 e 2016.

    Contudo,a geração de empregos formais em 2020 caiu em 46,8% após atualização de dados defasados. A comparação é possível por meio do documento do Caged apresentado em janeiro deste ano, com os dados acumulados de 2020, e os números do painel do Caged atualizados com novas informações recebidas.

    Ao comentar a revisão, o ministro afirmou que “não há mudança do ponto de vista qualitativo” pensando no fenômeno de geração de emprego.

    (Em atualização)

    *Com informações de Ligia Tuon, Anna Russi, João Pedro Malar e Juliana Elias, do CNN Brasil Business

     

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