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    Brasil precisa dobrar investimento em saneamento para atingir universalização, diz especialista

    À CNN Rádio, a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil Luana Pretto defendeu que governantes precisam entender que saneamento “é fonte de transformação”

    Amanda Garciada CNN , São Paulo

    É preciso dobrar o volume de investimentos em saneamento básico para atingir a meta de universalização do serviço até 2033.

    A avaliação é da presidente-executiva do Instituto Trata Brasil Luana Pretto, em entrevista à CNN Rádio.

    “O saneamento tem ciclo de médio e longo prazo, entre licitação, projetos, licenciamento ambiental e obras”, explicou.

    Dessa forma, “só depois de tudo isso a população sente o ganho do acesso à água e coleta de tratamento de esgoto.”

    A especialista destaca que o investimento anual do Brasil é de R$ 20 bilhões, sendo que, para chegar na meta, o ideal seria de R$ 44,8 bilhões.

    Nos 1.100 municípios que ainda não estão com níveis satisfatórios de investimento são aplicados R$ 55 por ano por habitante.

    Nos regulares, o valor é de R$ 113 por ano por habitante.

    “A solução definitiva passaria por algo da ordem de R$ 200  por ano por habitante”, afirmou Luana.

    Os piores indicadores do Brasil estão no Norte e Nordeste.

    “Temos estados nessas regiões que não priorizaram o tema, não pararam para entender a realidade do estado.”

    A presidente-executiva do Trata Brasil trouxe uma reflexão: “É preciso acabar com o entendimento velho de que ‘obra enterrada não dá voto’, saneamento é fonte de transformação do estado e governantes não enxergam isso.”

    Ela separou os estados em dois grupos: os que buscaram soluções, como São Paulo, que investe 200 reais por ano por habitante, e outros que não tomaram decisão nem para análise, como Amazonas, Piauí, Maranhão e Pernambuco.

    *Com produção de Bruna Sales

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