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    Brasil importa 11 vezes mais que exporta seringas e agulhas

    Os números sinalizam que o efeito da decisão do governo federal de restringir a exportação desses itens poderá ser residual

    Fernando Nakagawada CNN

    O Brasil é um grande importador de seringas e agulhas. A cada US$ 1 exportado nesses itens, o país importou US$ 11 em seringas e agulhas no acumulado de 2020, de acordo com dados do Ministério da Economia.

    Os números sinalizam que o efeito da decisão do governo federal de restringir a exportação desses itens poderá ser residual. Mais importante para o setor é a facilitação da importação.  

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    Dados do sistema de comércio exterior do governo federal mostram que o Brasil exportou US$ 4,373 milhões em seringas e agulhas no acumulado de 2020. Nesse valor, estão todos os grandes subgrupos desse tipo de produto, como as seringas de plástico com capacidade de até 2 cm3 e as produzidas com outros materiais.

    Ao mesmo tempo, o Brasil importou US$ 49,531 milhões nos mesmos itens. Ou seja, para cada dólar exportado há US$ 11 gastos com a compra de seringas de outros países.

     

    Essa grande posição deficitária nas seringas ocorre desde 2019. Antes, essa disparidade entre exportação e importação era menos intensa. Em 2010, por exemplo, o Brasil importava US$ 4 a cada dólar exportado em seringas e agulhas. 

    Diante dessa grande posição importadora e diante da necessidade de materiais para a vacinação contra a Covid-19, o efeito de eventual facilitação para importar seringas e agulhas seria mais relevante do que a restrição das exportações. Numericamente, o impacto seria maior.

    Como mostrou o analista de política Igor Gadelha, o Ministério da Saúde pediu à pasta da Economia que conceda isenção de impostos para importação de agulhas e seringas. A solicitação foi feita por ofício encaminhado em 30 de dezembro pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco Filho, à Secretaria Especial de Comércio Exterior.

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