Brasil e Chile puxam piora no quadro fiscal da América Latina, diz Fitch Ratings
Avaliação ocorre em meio à desaceleração do crescimento econômico da região e à reversão do efeito positivo gerado pela escalada da inflação
Os países da América Latina tiveram um quadro fiscal equilibrado em 2022, mas o cenário deve se dificultar neste ano, prevê a Fitch Ratings.
A expectativa da agência é de que Brasil e Chile puxem a deterioração das contas públicas na região, em meio à desaceleração do crescimento econômico e à reversão do efeito positivo gerado pela escalada da inflação.
Em relatório, a instituição explica que, no ano passado, a maior parte das economias locais teve balanços fiscais em linha com ou o superior aos níveis de 2019, o último ano antes da pandemia de Covid-19. O desempenho é atribuído principalmente ao crescimento das receitas.
“Ganhos inesperados com commodities ou as reformas tributárias explicam muito dessa melhora, mas ela é visível até mesmo entre os soberanos que não se beneficiaram desses fatores e podem, portanto, refletir melhorias administrativas”, informa a agência.
A agência diz ainda que vários governos conseguiram reduzir as despesas, com ajuda de regras fiscais e inflação elevada, entre eles os de Brasil, Costa Rica e Uruguai.
“Mas os gastos permanecem acima dos níveis pré-pandemia.”
