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    Brasil deve ter carne feita em laboratório entre 2024 e 2025

    A proposta vem da BRF, uma das maiores empresas do setor de alimentos do mundo, em parceria com a startup israelense Aleph Farm

    Manuella Niclewicz, da CNN, em São Paulo

    A chamada carne de laboratório deve chegar às prateleiras dos supermercados brasileiros entre 2024 e 2025. A tecnologia tenta suprir a demanda por proteína animal com menos impacto ambiental, já que não é preciso o abate para produzir o alimento. A promessa é que o produto tenha o mesmo sabor, textura e até o mesmo cheiro da proteína animal.

    A proposta vem da BRF, uma das maiores empresas do setor de alimentos do mundo, em parceria com a startup israelense Aleph Farm, que já desenvolveu a tecnologia necessária em outros países.

    Como toda a carne é composta por células, a produção da carne cultivada tem início justamente com a coleta das células bovinas. Este processo é feito em animais saudáveis, sem trazer nenhum tipo de dor ou prejuízo a qualidade de vida deles. 

    Depois, em laboratórios com condições controladas, estas células são cultivadas e nutridas até que cresçam e formem tecidos. São estes tecidos que, com um processo de regeneração, tornam possível chegar ao resultado de um bife, por exemplo – exatamente como o que já estamos acostumados a ver nos supermercados. 

    O processo em laboratório também é mais rápido. Enquanto na indústria tradicional só é possível ter o produto final em aproximadamente três anos, no laboratório a carne estará pronta em menos de um mês.

    “Existe uma demanda crescente por proteína, uma demanda da população, e nós não temos dúvidas que esse produto será extremamente competitivo, sustentável, para atender toda a demanda que virá num futuro próximo”, disse Lorival Luz, CEO Global da BRF, à CNN.

    Hoje a tecnologia ainda é cara. O quilo desse tipo de carne chega a custar US$ 1 mil (cerca de R$ 5,5 mil), mas a expectativa é ter o produto disponível nas gôndolas dos supermercados brasileiros com um valor acessível.

    Para que isso tudo isso seja possível, porém, ainda é preciso a aprovação do produto pelos órgãos reguladores brasileiros, mas as reuniões já estão acontecendo.

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