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    Bolsas da Europa fecham em queda, com cautela sobre aperto monetário e teto da dívida dos EUA

    Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,24%, a 456,56 pontos

    Matheus Andrade, do Estadão Conteúdo

    As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta quinta-feira (25) em uma sessão marcada pela cautela com uma série de fatores. O teto da dívida segue preocupando nos Estados Unidos, enquanto o prazo apontado pela Tesouro se aproxima e um acordo ainda não é sinalizado para evitar um default. Além disso, há as perspectivas para a continuidade do aperto monetário dos dois lados do Atlântico, enquanto a atividade apresenta alguma desaceleração.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,24%, a 456,56 pontos.

    O sentimento na Europa continua pressionado pelas dificuldades do governo dos EUA de fechar um acordo com a oposição para elevar o teto de sua dívida. Sem um acordo, os EUA estarão sujeitos a falhar no pagamento de suas obrigações a partir de 1 de junho.

    Em função do impasse, a Fitch colocou na quarta-feira o rating AAA dos EUA em observação negativa. Enquanto isso, uma modesta revisão para cima do PIB dos EUA no primeiro trimestre não mudou o cenário geral da economia no momento, segundo avaliação do Wells Fargo.

    O banco ressalta que dados publicados após o primeiro trimestre mostram que os EUA continuam crescendo em um “nível abaixo da tendência”.

    Para o analista da Oanda Craig Erlam, mais uma vez, há um grande foco nos bancos centrais e se os investidores estão muito otimistas sobre quando e onde o pico das taxas de juros ocorrerá e, por extensão, em quanto tempo elas cairão.

    Enquanto isso, os dados de inflação do Reino Unido foram muito decepcionantes, apesar de finalmente terem caído para um dígito, aponta.

    A inflação permanece mais rígida do que o esperado e o núcleo, em particular, foi um choque desagradável, forçando os investidores a revisar significativamente as expectativas de taxa nos próximos meses, diz Erlam. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,74%, a 7.570,87 pontos.

    Já a Destatis revisou para baixo o PIB da Alemanha, que passou a mostrar contração de 0,3% no primeiro trimestre de 2023, o que significa que a maior economia europeia entrou em recessão técnica, uma vez que já havia encolhido 0,4% nos três últimos meses do ano passado.

    Por outro lado, pesquisa do instituto GfK sugere que a confiança do consumidor alemão irá melhorar um pouco em junho, ainda que permaneça em território negativo. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,31%, a 15.793,80 pontos.

    Entre os setores, petroleiras estiveram bastante pressionadas, seguindo baixas acima de 2% na cotação internacional do barril. Em Milão, Saipem (-2,93%) e Eni (-2,21%) estiveram entre as principais quedas do FTSE MIB, que caiu 0,44%, a 26.408,00 pontos.

    Em Paris, o CAC 40 recuou 0,33%, a 7.229,27 pontos, com destaque para a baixa da Total (-2,71%). O Ibex 35 em Madri teve queda de 0,42%, a 9.125,10 pontos (preliminar), em parte pressionado pela Repsol (-2,50%). A Galp caiu 1,79% em Lisboa, ajudando no recuo de 1,12% do PSI 20, a 5.888,88 pontos.

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