Boeing eleva projeção de aviões para próxima década sem considerar mercado russo
Empresa projeta que companhias aéreas em todo o mundo precisarão de 41.170 novas aeronaves ao longo de 20 anos
A fabricante norte-americana de aeronaves Boeing reduziu sua projeção de demanda para a indústria global de aviões nos próximos 20 anos, mas disse que espera que as entregas fiquem estáveis, excluindo o mercado russo.
A Boeing projeta que as companhias aéreas em todo o mundo precisarão de 41.170 novos aviões ao longo de 20 anos, com metade das entregas representando substituição de frota. As aeronaves de corredor único devem corresponder a cerca de 75% da demanda por aviões projetada.
As novas perspectivas de mercado da Boeing, divulgadas neste domingo antes da feira Farnborough Airshow, ficaram abaixo da previsão anterior, de 43.610 entregas em 20 anos.
A nova estimativa exclui o mercado russo, para o qual a projeção é de 1.540 aviões, devido à guerra na Ucrânia e à incerteza sobre quando os fabricantes poderão voltar a vender aviões para aéreas russas.
A Boeing elevou ligeiramente sua previsão de demanda nos próximos 10 anos para 19.575 entregas de aviões – uma estimativa maior mesmo excluindo o mercado russo.
A Boeing ainda projeta que a frota global das companhias aéreas quase dobrará até 2041, pois ainda vê uma demanda mundial de aviação se recuperar da Covid-19 no início de 2024.
Para os próximos 20 anos, a Boeing disse que “os fundamentos de longo prazo permanecem intactos”.
“Nossa visão de recuperação de médio prazo –quando o setor voltar aos níveis de tráfego aéreo global de 2019– permanece praticamente inalterada” desde 2020, disse a repórteres Darren Hulst, vice-presidente de marketing comercial da Boeing.
“No geral, ainda vemos o final de 2023, início de 2024 como o momento em que a indústria se recupera totalmente, ou pelo menos o nível de tráfego pré-pandemia”.