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    BNDES pode financiar R$2,5 bi para prefeitura de São Paulo comprar 1,6 mil ônibus elétricos

    Mercadante disse a administração paulista gasta cerca de R$ 25 mil por mês por cada ônibus movido a óleo diesel

    Reuters

    O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira (18) que está prestes a aprovar uma linha de financiamento de R$ 2,5 bilhões para a prefeitura de São Paulo iniciar um projeto de eletrificação da frota de ônibus da cidade.

    A proposta será discutida pela diretoria do banco na quinta-feira (19) e, de acordo com Mercadante, há uma grande expectativa de aprovação. A intenção é utilizar esses recursos para a aquisição de 1.600 ônibus elétricos, que substituirão os veículos movidos a diesel.

    Segundo Mercadante, a prefeitura de São Paulo gasta atualmente cerca de R$ 25 mil por mês por cada ônibus movido a óleo diesel em operação para manter o valor das tarifas. Com a frota elétrica, esse custo será reduzido a R$ 5 mil por mês por ônibus.

     

     

    “Eles vão ter um ganho no médio prazo. Antes da pandemia, São Paulo tinha uma média de nove milhões de passageiros ao dia, e com a pandemia abaixou para sete milhões”, disse.

    “Com a comodidade do ônibus elétrico, wifi e conforto, eles podem atrair de volta o público perdido”, acrescentou.

    A iniciativa reflete a aposta da instituição na transição energética e em direcionar cada vez mais recursos para projetos menos poluentes.

    O Brasil é o segundo país que mais utiliza ônibus para o transporte público no mundo, perdendo apenas para a Índia, segundo Mercadante, e 52% dos ônibus que circulam na América Latina foram produzidos no país. Ele destacou a importância de adotar ônibus elétricos para não perder mercado e impulsionar a mão de obra local.

    Além disso, o BNDES estuda o desenvolvimento de sistemas de leasing no setor de transporte, outro modelo estudado para estimular a eletrificação da frota, disse Mercadante. Nesse cenário, uma empresa adquiriria os coletivos e alugaria para as operadoras de ônibus que atuam nas cidades.

    Mercadante destacou que essa é uma prática já adotada em vários países do mundo e que São Paulo seria a primeira grande experiência desse tipo no Brasil. “Mas há outros caminhos também”, afirmou o presidente do BNDES.

    Veja também: Baterias dos carros elétricos evoluem e dão mais autonomia

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