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    BNDES e bancos discutem pacotes de socorro para grandes empresas

    Três setores mais críticos são aéreo, de energia e automotivo

    Raquel Landimda CNN

    O BNDES e os bancos comerciais estão discutindo um pacote de socorro para grandes empresas afetadas pela pandemia do novo coronavírus.

    Vários setores solicitaram ajuda, mas os três mais críticos são aéreo, energia e automotivo. Segundo fontes envolvidas, todos os pleitos estão sendo avaliados.

    As conversas começaram ontem e os valores ainda estão em discussão, mas devem ser empréstimos de longo prazo.

    Para o setor automotivo, o mais provável é a utilização de linhas de crédito normais. Já para os setores aéreo e de energia a ideia é utilizar o mecanismo de debêntures (títulos de dívida) conversíveis em ações.
    Com essa ferramenta, o BNDES e os bancos teriam a opção de transformar a dívida em participação e se tornarem sócios das empresas se elas não pagarem.

    O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, já havia admitido que elabora um pacote para o setor aéreo, cujos vôos caíram drasticamente. 

    No setor de energia, a inadimplência está alta, o que pode desestruturar uma cadeia delicada. As montadoras também estão paradas.

    Até agora o foco do governo Jair Bolsonaro tem sido nas pequenas e médias empresas, que tem menos caixa para enfrentar a queda de receita provocada pelo isolamento social exigido para controlar a pandemia.

    As negociações com as grandes companhias são difíceis e o BNDES quer garantias de que o dinheiro não será utilizado pelas empresas, que são multinacionais, no exterior. Além disso, o governo Bolsonaro tem muito receio da imagem de “escolher campeões nacionais” associada aos governos do PT.

    Procurado, o BNDES não comentou.

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