BNDES deve buscar meio do caminho entre política contida e a de Dilma, diz especialista
Mercadante toma posse nesta segunda no banco de fomento, em evento que conta com a presença do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff
A nova gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá buscar o meio do caminho entre uma política mais contida e a vista durante governos petistas, sobretudo no de Dilma Rousseff, diz especialista Gesner Oliveira, sócio da GO Associados e professor da FGV.
“As declarações de Mercadante têm sido mais ponderadas e cautelosas. Me parece racional esperar algo que não será aquele BNDES com desembolsos elevadíssimos de governo petistas, em particular, o governo Dilma, nem o dos governos Temer e Bolsonaro, quando vimos uma contração muito forte dos investimentos”, diz o especialista à CNN na manhã desta segunda-feira (6).
“Tenho impressão que o que se busca é algo intermediário: manter na essência a atual política, porém, com linhas específica, sobretudo, voltadas para a economia verde e infraestrutura”, diz.
Aloizio Mercadante toma posse nesta segunda no banco de fomento, em evento que conta com a presença do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ambos representam o que foi a gestão do banco de fomento nos mandatos petistas, quando centenas de bilhões de reais de recursos do Tesouro Nacional foram usados para bancar crédito com juros abaixo da Selic para setores eleitos como “campeões nacionais”. Além dos financiamentos externos.
O resultado foi o aumento da dívida pública e queda na taxa de investimentos.
Mercadante já se comprometeu a não mexer na Taxa de Longo Prazo (TLP), adotada em 2017, que não pode ser menor que aquela definida pelo Banco Central. Ao mesmo tempo, quer oferecer juros mais baixos e voltar a financiar projetos fora do país, como é o caso do gasoduto na Argentina.
*Com informações de Thais Herédia