BNDES deixará de financiar usinas a carvão para fomentar energia mais limpa
Térmicas têm sido muito acionadas por conta da estiagem, mas respondem por apenas 2% da geração de energia nacional
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que não vai mais financiar, a partir de setembro, fontes de energia que dependam de carvão mineral. O banco quer fomentar alternativas energéticas mais limpas.
O anúncio acontece em meio à maior estiagem enfrentada pelo país nos últimos 90 anos. O Brasil conta atualmente com 22 usinas térmicas a carvão mineral e, nas últimas semanas, elas estão sendo mais acionadas para suprir a demanda elétrica nacional.
As usinas térmicas a carvão mineral são responsáveis pela geração de 2% de energia nacional. Especialistas e pesquisadores ouvidos pela CNN disseram que a modificação impactaria apenas as futuras usinas, que demorariam entre 4 e 6 anos para ficar prontas.
O especialista em energia do Instituto Clima e Sociedade, Roberto Kishinami, explicou que o segmento tem se concentrado em investir em energias renováveis, como a eólica, solar e biomassa. Além de não poluírem, essas fontes são mais baratas, melhores para o consumidor e para o meio ambiente.
A CNN procurou o BNDES para entender como será feito o investimento a partir de agora, mas não houve retorno até o momento. A assessoria de imprensa do banco informou apenas que o órgão continua a investir no setor de energia limpa.