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    BC do Chile eleva taxa de juros de 9% para 9,75%, maior nível em 24 anos

    Decisão, tomada em expectativa de conter inflação cubana, foi unânime entre os membros do Conselho

    Matheus Andrade, do Estadão Conteúdo

    O Banco Central do Chile elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, de 9,00% para 9,75% ao ano, informou a instituição. É o maior nível em 24 anos.

    A decisão foi unânime entre os membros do Conselho, que observaram que, para que a inflação caía para a meta de 3% em até dois anos, serão necessários ajustes adicionais nos juros básicos.

    Na última decisão, um aumento de 75 pontos base já havia sido efetuado.

    Em comunicado, o BC chileno destaca que a inflação global continuou a subir e os bancos centrais continuaram a aumentar as taxas de referência, ou sinalizam um aumento mais rápido.

    “O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) se destaca, surpreendendo com um aumento acima do esperado e anunciou que as altas continuarão até que a inflação seja controlada”, diz o documento.

    “As condições financeiras ficaram mais apertadas tanto para as economias desenvolvidas quanto para as emergentes, com destaque para as quedas nos mercados de ações e uma valorização global do dólar”, avalia a autoridade.

    “As expectativas de crescimento mundial se deterioraram. Por sua vez, os preços das commodities caíram mais do que o esperado, em grande parte devido aos temores de uma recessão global. Destaca-se a queda dos preços dos alimentos, onde também foram acrescentadas algumas notícias favoráveis do lado da oferta”, afirma o banco central.

    O Conselho de Dirigentes garantiu que se manterá atento à evolução da inflação e suas determinantes. A próxima reunião está marcada para o dia 6 de setembro.

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