BC amplia estimativa de expansão do crédito e reduz projeção de déficit em transações correntes em 2024
Em seu Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, o BC baixou para 65 bilhões de dólares a perspectiva para os Investimentos Diretos no País (IDP) em 2024, contra 70 bilhões de dólares antes
O Banco Central prevê um crescimento do crédito no país de 10,8% este ano, ante estimativa de 9,4% feita em março, conforme dados do seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira.
Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 11,0% em 2024, contra expectativa anterior de 10,2%. Para as empresas, a alta foi calculada em 10,5%, ante 8,0% no último relatório.
Para o estoque de crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, o BC projeta agora uma expansão de 10,0% (+8,9% antes). Para o crédito direcionado, que atende a parâmetros estabelecidos pelo governo, a perspectiva é de alta de 12,0% (+10,0% antes).
O Banco Central piorou sua estimativa para o resultado das transações correntes neste ano, passando a ver um saldo negativo de US$ 53 bilhões, ante rombo de US$ 48 bilhões projetado em março.
O BC baixou para US$ 65 bilhões a perspectiva para os Investimentos Diretos no País (IDP) em 2024, contra US$ 70 bilhões antes.
Nas contas do BC, a balança comercial terá superávit de US$ 59 bilhões neste ano, mesma estimativa de março. A despesa líquida com viagens, por sua vez, foi estimada em US$ 9 bilhões, contra projeção de US$ 12 bilhões feita em março.
Melhora na projeção para PIB
O Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2024 a 2,3%, ante patamar de 1,9% estimado em março.
O Ministério da Fazenda, por sua vez, prevê expansão de 2,5% para o PIB este ano, apesar de observar incertezas relacionadas aos efeitos do desastre provocado pelas chuvas no Rio Grande do Sul. O mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 2,09% em 2024.
Em relação à condução dos juros básicos, o BC reiterou mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.