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    Bandas de inflação não foram desenhadas para reduzir esforço de busca da meta, diz Galípolo

    Atualmente, o BC persegue uma meta de 3% de inflação, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos

    Reuters

    O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou na noite desta quinta-feira, pela segunda vez no dia, que a instituição busca atingir o centro da meta de inflação, de 3%.

    “As bandas de inflação não foram desenhadas para reduzir o esforço na persecução da meta”, afirmou Galípolo, durante participação por videoconferência no 28º Encontro dos Economistas da Região Sul (Enesul), promovido pelo Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul.

    Atualmente, o BC persegue uma meta de 3% de inflação, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos (inflação entre 1,5% e 4,5%). No relatório Focus mais recente o mercado projeta inflação de 4,12% no fim de 2024 e de 3,98% no encerramento de 2025, em ambos os casos acima do centro de 3% da meta.

    Mais cedo nesta quinta-feira, em evento promovido pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito, Galípolo já havia indicado que os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC estão “dispostos a fazer o que for necessário para perseguir a meta”.

    “Muitas vezes eu assisto um receio, uma dúvida, para usar o linguajar que eu escuto, de que os diretores indicados pela gestão do presidente Lula não poderiam votar pela elevação da taxa de juros”, disse ele mais cedo.

    “Não faz muito sentido imaginar que você vai passar quatro anos sem poder fazer algo nesse sentido. Está muito claro, ao colocar na ata ‘de maneira unânime’, que todos os diretores estão dispostos a fazer aquilo que for necessário para perseguir a meta”, acrescentou, em referência à ata do último encontro do Copom, publicada na terça-feira.

    No Enesul desta noite, Galípolo também tratou dos impactos da trajédia climática no Rio Grande do Sul sobre os preços e, consequentemente, sobre a política monetária.

    Segundo ele, o BC tenta atualmente mensurar como os acontecimentos no sul do país permanecem apresentando desdobramentos, considerando o horizonte relevante da política monetária do BC, de 18 meses.

    A participação de Galípolo no evento de mais cedo ocorreu após as 17h30 — ou seja, com o mercado à vista de dólar e o mercado de ações já fechados. Já o evento do Enesul começou após as 19h30, com os mercados futuros também fechados.

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