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    Bancos europeus contrariam pessimistas e apresentam resultados fortes no 1º trimestre

    Alta dos juros favoreceu desempenho das instituições em meio às turbulências no início do ano

    Hanna Ziadyda CNN

    Os bancos Barclays e o Deutsche Bank ignoraram um primeiro trimestre turbulento para registrar um forte crescimento de lucro, ajudando a acalmar os investidores preocupados com a perspectiva de outra quebra de banco nos EUA.

    O robusto conjunto de resultados foi ajudado pela receita obtida com taxas de juros mais altas, informaram as instituições nesta quinta-feira (27).

    As ações do Barclays (BCS) subiram mais de 4%, o melhor desempenho no índice bancário de referência da Europa, que subiu menos de 1%. O Deutsche Bank (DB) ganhou 2,6%.

    Os ganhos vêm apenas algumas semanas após a quebra de dois bancos regionais dos EUA e um resgate do Credit Suisse provocarem turbulência no setor bancário.

    Os governos e os principais bancos centrais tiveram que intervir para evitar que a crise se transformasse em um colapso mais amplo do setor financeiro.

    No final de março, as ações dos bancos europeus foram atingidas por temores de que o tumulto pudesse envolver mais instituições, e alguns reguladores da região alertaram que o setor continuava exposto. As ações do Deutsche Bank caíram até 14,5% durante o pregão de 24 de março.

    Desde então, os temores diminuíram e os bancos centrais sinalizaram na quarta-feira (26) que as preocupações imediatas diminuíram.

    A crise, no entanto, pode ainda não ter acabado. Outro banco americano, o First Republic, está por um fio.

    Houve poucos sinais de fraqueza no maior banco da Alemanha. O lucro do Deutsche Bank atingiu o maior nível em uma década, justificando o plano de recuperação do banco, lançado em 2019.

    O banco disse que o lucro líquido do primeiro trimestre aumentou 8%, para € 1,3 bilhão (US$ 1,4 bilhão). O lucro antes dos impostos saltou 12% em relação ao ano anterior, para € 1,9 bilhão (US$ 2,1 bilhões), o maior lucro trimestral desde 2013.

    “No primeiro trimestre, provamos novamente a força e resiliência do Deutsche Bank em condições desafiadoras”, disse em comunicado o diretor financeiro James von Moltke

    O CEO Christian Sewing acrescentou que os resultados “demonstram a relevância” da estratégia do banco e ressaltam que está “no bom caminho” para cumprir suas metas de custo, receita e retorno para 2025.

    O banco disse que cortaria empregos em “camadas de gerenciamento” e colocaria “limitações estritas à contratação em áreas não voltadas para o cliente”, sem fornecer mais detalhes. Mais tarde, Sewing disse à jornalistas que as demissões afetariam cerca de 800 pessoas, informou a Reuters.

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