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    Bancos Centrais da América Latina reagiram antes à inflação, diz ex-BC

    Em evento da Febraban, Ilan Goldfajn afirmou que a recuperação econômica da América Latina está sendo melhor que a esperada. Recessão nos Estados Unidos, no entanto, preocupa

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business em São Paulo

    Em evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta quinta-feira (11) à tarde, o ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn afirmou que a recuperação econômica da América Latina está sendo melhor que a esperada. Segundo ele, os bancos centrais da região foram os primeiros a reagir no mundo.

    “Quando olhamos para 2024, essa reação conseguiu manter a inflação ancorada para o ano”, declarou, em palestra na Febrabantech.

    O economista explicou que o cenário de preocupação com a inflação em detrimento de um menor crescimento econômico deve ser invertido a partir do segundo semestre de 2023.

    “As nossas preocupações vão inverter, vamos estar cada vez mais preocupados com crescimento e menos com inflação. Isso porque o mundo vai estar mais próximo de recessão e as commodities caindo”, disse.

    Apesar de os países da América Latina terem se antecipado na escalada dos juros para tentar conter a alta dos preços, Goldfajn afirmou que o início do movimento do Fed e do BCE deve pressionar as exportações do continente e depreciar as moedas locais.

    Ainda assim, segundo ele, o momento da economia global diverge daquele em que surgiu a pandemia e, posteriormente, estourou a guerra no Leste Europeu.

    “Tivemos três choques nos últimos anos: a pandemia e a guerra na Ucrânia, completamente inesperados, e um terceiro choque dos juros subindo com a inflação, mas esse nós já estamos antecipando, é diferente”, concluiu.

    Sobre uma provável recessão nos Estados Unidos, o economista afirma que levará a uma desaceleração da atividade econômica no Brasil e nos países da América Latina.

    “Se de fato vamos ter uma recessão nos EUA, isso vai tirar do Brasil, Colômbia e outros países do continente uma parte do PIB. Nós vamos ter que enfrentar um mundo mais adverso, com as nossas exportações caindo, pois o preço vai oscilar e nossas moedas aqui da América Latina vão depreciar”, destacou.

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