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    Balança comercial registra déficit de US$ 176 milhões em janeiro

    Número é 8,4% menor que o saldo negativo em US$ 222 milhões registrado no mesmo mês do ano passado

    Anna Russida CNN , Brasília

    No primeiro mês do ano, a balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 176 milhões. O número é 8,4% menor que o saldo negativo em US$ 222 milhões registrado no mesmo mês do ano passado.

    Os números foram divulgados pelo Ministério da Economia nesta terça-feira (1º). É o quarto ano consecutivo que inicia com maior importação do que exportação.

    O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, explicou que meses de janeiro costumam registrar as menores médias diárias do ano, sendo comum um saldo menor nos começos de anos.

    “Não diria que o déficit é um comportamento recorrente, mas pode acontecer déficits para meses de janeiro, que costumam ter as menores médias diárias do ano. Temos um mês sazonalmente com comércio menor”, disse.

    Por outro lado, a corrente de comércio, que serve como termômetro para a atividade econômica, avançou 25% ante o primeiro mês de 2021. No total, a soma das exportações e importações brasileiros foi US$ 39,522 bilhões. Esse foi o maior valor da série histórica para meses de janeiro.

    As exportações brasileiras também registraram recorde para meses de janeiro. Com avanço de 25,3%, ante mesmo mês do ano passado, o montante de US$ 19,673 bilhões exportado em janeiro foi o maior da história. O resultado recorde foi puxada, principalmente, pela venda de produtos agropecuários, que registraram crescimento de 97,5% no mês.

    “Isso foi puxado pela soja em grão, com embarque 2,5 milhões de toneladas. Esse valor é distante do pico de escoamento de soja, que atingiu 15 milhões de toneladas ano passado. Ano passado teve safra mais tardia, mas 2022 já começamos com embarque mais robusto de soja, disse Brandão.

    Ainda de acordo com ele, a queda na exportação de produtos da Indústria Extrativa, destaque de crescimento ano passado, foi motivada por menores embarques de minério de ferro. “Em parte reflexo de questões climáticas, como as fortes chuvas em Minas Gerais”.

    O valor em exportações de minério de ferro e seus concentrados registrou 36,8% de queda. O volume exportado do produto caiu 17%.

    Segundo Brandão, impulsionadas por bens siderúrgicos, as exportações para os Estados Unidos aumentaram 51,8% em janeiro. “É o principal mercado (siderurgia) e fez com que a exportação para EUA aumentasse significativamente. Além desse produto, tem petróleo, que também é um grande mercado”, observou. As vendas para a União Europeia avançaram 46% no primeiro mês do ano.

    Já as importações somaram US$ 19,849 bilhões, valor 24,6% maior que o resultado de janeiro do ano passado. Foi o maior valor desde 2014.

    O destaque é a importação de bens da Indústria Extrativa, que subiram 325,8% em janeiro. “Os produtos de destaque são petróleo bruto, gás natural e carvão, muito ligado a produção de energia no Brasil. Os preços desses produtos continuam em alta em janeiro, além do volume importado”, ressaltou o subsecretário.

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