Ativistas protestam contra expansão da Amazon na França
Os ativistas veem a gigante do varejo dos EUA como um fator primordial na urbanização de terras agrícolas, com seus centros de distribuição
Ativistas empilharam caixas de papelão fora do prédio do Ministério das Finanças em Paris na sexta-feira (4), em protesto contra a expansão da Amazon na França, enquanto a varejista online lançava no país uma campanha atrasada de “Black Friday”.
Reunidos no pátio do ministério, manifestantes de três grupos – ANV-COP 21, Attac e Amis de la Terre – colocaram uma faixa na fachada do prédio com o slogan “mudança de proprietário” e com os rostos do chefe da Amazon Jeff Bezos e do presidente francês, Emmanuel Macron.
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“A Amazon está destruindo empregos e o meio ambiente na França. Ela planeja uma expansão massiva na França com dezenas de armazéns já construídos e mais por vir. Exigimos um congelamento (na construção de novos armazéns)”, disse Sandy Olivar Calvo, porta-voz do ANV-COP21, à Reuters.
Os ativistas veem a gigante do varejo dos EUA como um fator primordial na urbanização de terras agrícolas, um processo que eles dizem estar contribuindo significativamente para as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade ambiental.
Questionado sobre um possível congelamento de novos armazéns, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse que a construção de novas casas foi o que mais contribuiu para a urbanização de terras agrícolas.
A varejista e empresas semelhantes são responsáveis por “apenas uma pequena porcentagem” do processo de urbanização e estão criando muitos empregos, disse ele à BFM TV.
Em reação ao protesto desta sexta-feira, a Amazon disse que investiu € 9,2 bilhões na França e está “na origem” da criação de 130 mil empregos, disse uma porta-voz.
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