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    Arthur Lira: “A Petrobras não tem função social, ou privatiza ou toma medidas mais duras”

    Presidente da Câmara dos Deputados defende que haja subsídios do governo sobre os combustíveis

    Gabrielle VarelaBrenda Silvada CNN , em Brasília

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou, nesta sexta (27), que a Petrobras não tem uma função social ou estruturante, e que no momento há dois caminhos: privatização ou aplicação de medidas mais incisivas em relação à política de preços.

    “A Petrobras é um ser vivo e independente (…) Então nessa esteira ou a gente privatiza essa empresa ou toma medidas mais duras, ela não está cuidando do nome da sua empresa, por quê? Porque todo desgaste da Petrobras não vai para a Petrobras,” disse Lira em entrevista à Rádio Bandeirantes.

    Lira ressaltou ainda que não há tempo hábil para votar uma privatização da Petrobras hoje, mas é possível uma proposta do governo para tratar das ações da estatal, e aliviar o peso para si.

    “O governo pode pôr um projeto de lei ou numa discussão mais rápida vender as ações que tem no BNDES, cerca de 14%. Ele deixaria de ser majoritário, ele tiraria das suas costas essa responsabilidade da falta de sensibilidade da Petrobras,” destacou o parlamentar.

    O presidente da Câmara tem tido uma postura crítica à Petrobras devido à falta de reação da empresa em relação ao aumento dos preços dos combustíveis e a crise no mercado, uma vez que só vem obtendo lucros.

    “(…) Não é contra a Petrobras, é contra a insensibilidade, a falta de objetivo, a falta de investimentos. A Petrobras hoje não tem nenhum viés estruturante para o país a não ser pagando dividendos aos seus investidores”, completou.

    Lira defendeu ainda que o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, teria uma visão diferenciada sobre a contribuição da Petrobras. Contudo, o Congresso ainda espera uma posição do ministério da Economia sobre a possibilidade de subsídio para combustíveis que alcance categorias que dependem disso para os serviços no país.

    “O Congresso tem cobrado do ministro Paulo Guedes subsídio direto para o óleo diesel, para os caminhoneiros, subsídio direto para os taxistas, para os usuários e portadores do Uber, para essa questão específica. Pode ser direto para as categorias, porque a gente aqui não precisa, com toda essa questão de teto de gastos e responsabilidade fiscal, talvez nós não tenhamos espaço para subsídio de todos os combustíveis linearmente para todo mundo”, disse Arthur Lira.

    A CNN procurou o Ministério da Economia, mas a pasta disse que não comentaria o assunto.

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