Arrecadação federal recua 1,5% em janeiro e fica em R$ 180,2 bilhões
Apesar da queda, o montante é o segundo mais alto para meses de janeiro, segundo a série histórica iniciada em 2008
A arrecadação de impostos e contribuições federais totalizou R$ 180,221 bilhões em janeiro. O valor representa queda real de 1,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Divulgado pela Receita Federal nesta quinta-feira (25), o resultado interrompe cinco meses seguidos de crescimento real no recolhimento de tributos. Apesar da queda, o montante é o segundo mais alto para meses de janeiro, segundo a série histórica iniciada em 2008, perdendo apenas para os R$ 182,9 bilhões arrecadados em janeiro de 2020.
De acordo com o Fisco, o resultado de janeiro é explicado, principalmente, por pagamentos atípicos de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) e compensações tributárias, quando o contribuinte abate um valor do imposto. Apenas a arrecadação do IRPJ e CSLL somaram R$ 2,7 bilhões.
“Sem considerar os pagamentos atípicos e as compensações, haveria um crescimento real de 3,72% da arrecadação no mês de janeiro de 2021”, argumenta.
Já as compensações por empresas avançaram 44,7% na comparação com o mesmo mês de 2020, passando de R$ 15,960 bilhões para R$ 23,097 bilhões e derrubando a arrecadação do governo federal. As compensações podem ser feitas por empresas que pagaram tributos a mais no ano anterior.
Reflexo da queda da atividade econômica e dos impactos da pandemia de Covid-19, a arrecadação federal somou R$ 1,479 trilhões no ano passado, o pior valor em dez anos.