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    Argentina é o maior cliente do FMI: 22 resgates e 28% de todos os empréstimos do Fundo

    Nas últimas três décadas, a Argentina registrou 24 anos de déficit nas contas públicas

    Fernando Nakagawada CNN , em São Paulo

    A Argentina é o maior e mais frequente cliente de uma das maiores instituições financeiras do planeta. A relação, porém, não é comemorada por nenhuma das duas partes.

    Isso porque ser freguês dessa casa é um sinal de problema. E são exatamente as dificuldades financeiras que levaram a Argentina a somar 22 pedidos de socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Nas últimas décadas, o governo argentino acumula uma série de problemas nas contas públicas. Mudam os presidentes, mas a dificuldade continua a mesma: o país gasta mais que arrecada.

    Nas últimas três décadas, a Argentina registrou 24 anos de déficit nas contas públicas. Ou seja, a Casa Rosada terminou duas dúzias de anos com a conta bancária no vermelho. E, para fechar os números, teve de pedir dinheiro emprestado ou imprimiu mais pesos – medida que tem sido usada e só piora a inflação.

    Com problemas que persistem há tantos anos, a Argentina acabou se deparando com vários episódios de insolvência. É o nome técnico para o famoso calote.

    Quando reconhecem que devem, mas não têm como pagar, os presidentes argentinos costumam pedir ajuda ao FMI. E a dívida com o Fundo já soma US$ 41,2 bilhões. É, de longe, a maior dívida dos países com o Fundo. O valor corresponde a 28,1% de todos os empréstimos.

    A dívida da Argentina é quase três vezes a do Egito, que é o segundo maior credor do Fundo.

    Veja também – Argentina descongela câmbio oficial pela 1ª vez desde agosto

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