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    Após vice do Flamengo, Rodolfo Landim abre mão de presidir conselho da Petrobras

    Em carta, atual presidente do clube afirmou que não conseguiria conciliar os cargos

    Henrique AndradeJoão Pedro Malarda CNN São Paulo

    Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, anunciou neste domingo (3) que abriu mão de assumir a presidência do conselho da Petrobras.

    Em nota publicada no site do clube carioca, que perdeu o título estadual para o Fluminense no sábado (2), Landim explicou as razões para abrir mão do cargo.

    “Apesar do tamanho e da importância da Petrobras para o nosso país, e da enorme honra para mim em exercer este cargo, gostaria de informá-lo que resolvi abrir mão desta indicação, concentrando todo meu tempo e dedicação para o ainda maior fortalecimento do nosso Flamengo”.

    Landim informou que encaminhou para o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, um documento em que informa a decisão e agradece o convite. Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que avalia outro nome para a presidência do conselho “com a responsabilidade que a situação requer”.

    No texto em que comunica sua decisão, o presidente do Flamengo também manifestou “preocupação em não conseguir, dada a dedicação que as duas instituições demandariam nesse momento, exercer ambas as funções com a excelência desejada e à altura que a Petrobras e o Flamengo merecem”.

    “Em relação ao Flamengo, os últimos acontecimentos me demonstraram a necessidade de termos todos nós o compromisso de um grau ainda maior de dedicação e foco ao Clube”, afirmou, citando também que foi reeleito para um mandato de três anos e que “exercer bem o cargo de presidente do Flamengo é minha total prioridade”.

    O atual presidente do Flamengo havia sido indicado para o cargo pelo governo federal em 28 de março, junto com a indicação do economista Adriano Pires para a presidência da estatal.

    Landim é mais conhecido por comandar o Clube Regatas do Flamengo, porém, tem ampla experiência no setor de óleo e gás. Ocupou cargos de gestão na Petrobras por 26 anos, incluindo a presidência da Gaspetro e da Vibra, antiga BR Distribuidora.

    Deixou a estatal para trabalhar com o empresário Eike Batista na mineradora MMX e na petroleira OGX, mas se desentendeu com ele antes de o conglomerado quebrar.

    Fundou então sua própria petroleira, a Ouro Preto Óleo e Gás que acabou vendendo para um grupo de investidores em fevereiro de 2020. Chegou a ser cotado para a presidência executiva da Petrobras em diversas ocasiões.

    Já Pires é formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado na mesma instituição na área de Tecnologia em Petróleo e Gás. Fez doutorado em Economia Industrial na Université Paris 13.

    O economista já foi superintendente geral e assessor de diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), professor na UFRJ e é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), em que atua desde 2000 como diretor.

    Os nomes seriam avaliados em uma assembleia de acionistas, marcada para o dia 13 de abril, e as trocas ocorreram em meio à pressão política sobre a Petrobras por causa do aumento dos preços dos combustíveis.

    À CNN, o Ministério de Minas e Energia afirmou que está “avaliando com a responsabilidade que a situação requer” um novo nome para indicar à presidência do conselho da Petrobras. Já Pires está cumprindo os trâmites necessários para viabilizar a indicação em assembleia.

    O conselho de administração da Petrobras é composto por no mínimo sete e no máximo onze membros, todos eleitos Assembleias Gerais de acionistas com mandato de até dois anos e direito a três reeleições consecutivas.

    O órgão é responsável por definir e aprovar o plano estratégico de negócios da estatal.

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