Após reunião com Haddad, Febraban sinaliza apoio a reformas microeconômicas do governo
Febraban classificou o encontro como “positivo”, por preconizar a discussão de políticas que levam em conta o controle dos gastos, e vê os projetos como “promissores”
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sinalizou apoio às chamadas “reformas microeconômicas” propostas pelo Ministério da Fazenda. Titular da pasta, Fernando Haddad foi pessoalmente apresentar as medidas aos presidentes das principais instituições do país, em reunião que aconteceu nesta sexta-feira (16).
Haddad pediu a colaboração dos bancos para que avancem no Legislativo oito projetos. Os projetos, que já tramitam no Congresso Nacional, são os seguintes:
- Resolução bancária (PL 288/19)
- Ressarcimento a investidores (PL 2.925/23)
- Infraestrutura do mercado financeiro (PL 2.526/23)
- Cooperativas de seguro (PLP 101/23 – apensado ao PLP 519/18)
- Regime legal de juros (PL 6.233/23)
- Falências (PL 3/24)
- Contratos de Seguro (PLC 29/17)
- Execução extrajudicial (PL 6.204/19)
A Febraban classificou o encontro como “positivo”, por preconizar a discussão de políticas que levam em conta o controle dos gastos, e vê os projetos como “promissores”. Para os bancos, os textos têm potencial para melhorar o ambiente de negócios e os mercados de capitais, bancário e de seguros.
“Isso pode favorecer o ambiente de crédito para que os bancos consigam oferecer condições mais vantajosas com taxas e spread menores para seus clientes”, escreveu a Federação em posicionamento.
Com os textos já em tramitação, Haddad afirmou que a ideia agora é selecionar relatores que possam dialogar sobre o tema e levá-los à frente. “Alguns projetos estão parados há mais de um ano no Congresso. Precisamos de relatores habilidosos para eles, com capacidade de diálogo. São temas sensíveis”, disse a jornalistas na saída do encontro.
Para Haddad, há janela para levar os temas à frente ainda neste ano, a despeito de o ano do Legislativo ser mais curto, visto as eleições municipais. O encontro também contou com o secretário de Reformas Microeconômicas da Fazenda, Marcos Pinto — quem trabalha essas agendas dentro da pasta.