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    Após resistência a assessor de Guedes, presidente de Furnas ganha força para Petrobras

    Clovis Torres é considerado, segundo fontes, um nome com visão moderada e capaz de conciliar a responsabilidade da empresa com o mercado e os aspectos sociais dos preços dos combustíveis

    Thais Arbexda CNN em Brasília

    As resistências no Congresso e os empecilhos legais em relação ao nome de Caio Paes de Andrade, auxiliar do ministro Paulo Guedes (Economia), para assumir o comando da Petrobras forçaram o governo a buscar uma “solução de pacificação” em torno da presidência da estatal. Neste cenário, o presidente de Furnas, Clovis Torres, ganhou força.

    Segundo relatos feitos à CNN Brasil, a construção em torno de Torres tem envolvido integrantes do Palácio do Planalto e do Parlamento. Participantes da articulação disseram que o presidente de Furnas é considerado um nome com visão moderada e que teria capacidade de, diante da crise envolvendo a Petrobras, conciliar a responsabilidade da empresa com o mercado e os aspectos sociais dos preços dos combustíveis.

    A avaliação no Planalto e no Congresso é a de que a demora em torno da escolha do nome para a Petrobras tem potencial de aumentar ainda mais o desgaste do governo. Em meio à indefinição, o governo chegou a cogitar adiar a votação da nova composição do comando da estatal, marcada para a quarta-feira da semana que vem (13).

    O movimento para que o presidente de Furnas seja o indicado tem sido construído a partir de diversas frentes, com consultas ao comando do centrão, leia-se o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) e aos ministros Paulo Guedes e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

    Segundo relatos feitos à CNN Brasil, o nome de Torres passou pelo crivo de todos os grupos. Faltaria, agora, o presidente Jair Bolsonaro bater o martelo.

    Advogado, Torres foi diretor executivo e consultor-geral da Vale de 2011 a janeiro de 2018. Ele assumiu o comando de Furnas em junho do ano passado, indicado por Bento Albuquerque. Ele também foi presidente do conselho de administração do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), da BR Distribuidora e foi consultor sênior da Cargill e do IFC (International Finance Corporation) —o que lhe dá expertise para assumir a Petrobras.

    Além das resistências políticas em relação a Paes de Andrade, secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, o governo foi convencido de que a indicação do assessor de Guedes traria ainda mais desgaste. Paes de Andrade não preenche os critérios estabelecidos pela Lei das Estatais para ocupar a presidência da empresa e poderia acabar expondo ainda mais a estatal junto ao mercado.

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