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    Após dois meses de queda, intenção de consumo das famílias avança em janeiro, diz CNC

    Perspectiva de consumo atingiu o maior patamar desde maio de 2020, com 76,2 pontos

    Beatriz Puenteda CNN , Rio de Janeiro

    A intenção de consumo das famílias alcançou o patamar de 76,2 pontos em janeiro, o maior nível desde maio de 2020 (81,7 pontos). Com o ajuste sazonal, o aumento mensal foi de 1,1% veio após dois meses de retração.

    O indicador foi revelado por uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta segunda-feira (31). Esse índice considera indicadores como renda, emprego, consumo, acesso a crédito e perspectiva profissional.

    O mês de janeiro de 2022 também foi melhor do que o de 2021, que apresentou 73,6 pontos. Apesar da melhora, o índice de 76,2 pontos permanece abaixo do nível de satisfação, que é acima de 100 pontos. Isso não acontece desde abril de 2015, quando foi alcançada a marca de 102,99 pontos.

    O emprego foi o principal motivo desse resultado. A pesquisa aponta que este indicador teve um crescimento de 2,6% no mês e chegou aos 97 pontos. Na avaliação do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Renan Pieri, os resultados do primeiro mês de 2022 ainda não representam uma tendência para o ano.

    “Por um lado, o panorama está melhor, o emprego é suficiente para melhorar a intenção de consumo, mas o lado ruim é que a renda diminuiu. Isso gera uma certa cautela para o nível de consumo de 2022. Devido à renda e à baixa perspectiva de crescimento econômico para o ano, não deve ter melhoras significativas” explicou o economista.

    As avaliações da pesquisa em relação ao indicador Renda Atual demonstraram que a maioria das famílias considerou seu nível de renda igual ao do ano passado, com percentual de 41,4%. Já o índice das pessoas que consideraram que a renda atual está pior é de 37,7%.

    A parcela que percebeu uma melhora de seus ganhos foi de 19,5% em dezembro para 20,4% este mês, o maior percentual desde junho de 2020 (21,9%). Os ganhos tanto para as famílias com renda abaixo de 10 salários-mínimos quanto para as que ganham acima desse valor, aumentaram em 1,1% e 1% no mês de janeiro, respectivamente.

    A maioria das famílias (54,1%) consideraram que o nível de consumo em janeiro foi menor que no ano passado. Apenas 15,4% perceberam aumento no consumo. A perspectiva de consumo também não é das mais otimistas. Cerca de 47% acreditam que terá um consumo inferior nos próximos três meses.

    Na análise regional, as famílias do Sul foram as mais confiantes, somando 85,8 pontos. Já o Norte se classificou como o menos confiante, com 58,7 pontos.