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    Após decisão do Copom, Itaú reduz projeção da Selic para 11,75% em 2023

    Estimativa anterior era de 12% ao ano, em linha com o mercado; banco não descarta possibilidade de aceleração no ritmo dos cortes no final do ano

    Maria Regina Silva, do Estadão Conteúdo

    O Itaú Unibanco alterou sua projeção para a taxa Selic de 2023, por ora, para 11,75% ao ano. A atualização foi feita após o corte de meio ponto porcentual do juro básico anunciado nesta quarta-feira (2) pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A estimativa anterior era de 12% ao ano.

    O banco diz que vai esperar a divulgação da ata na próxima terça-feira (8) para considerar mudanças adicionais e mais profundas em seu cenário.

    A divergência no Copom, “com a rara margem de um voto, e com uma minoria (considerável) optando por um movimento parcimonioso” de 0,25 ponto porcentual – mesmo nível esperado pelo Itaú -, não foi um dissenso usual.

    Isso porque a maioria dos votantes com formação econômica ortodoxa preferiu uma abordagem mais cautelosa, explica o relatório assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.

    “Na verdade, os argumentos apresentados no comunicado, em nossa opinião, poderiam facilmente ter sido usados para justificar um movimento de 0,25 ponto, mas a opinião da maioria foi mais otimista”, cita o Itaú.

    O Copom indicou, por unanimidade, que manterá o ritmo de meio ponto porcentual nas próximas reuniões, “mas não é possível descartar que ocorra aceleração ao final do ano, ou antes”, cita o banco.

    O Itaú ressalta que “deve-se notar também que dois dos diretores dissidentes têm mandatos que expiram em dezembro e, caso sejam substituídos, é provável que o comitê se torne um pouco mais dovish”, ou seja, mais propenso a votar pela queda na taxa básica de juros e favorável ao estímulo de crédito.

    Veja também: Armínio Fraga diz que redução na taxa de juros foi decisão acertada

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