Após 7 anos de déficit, é possível superávit em 2021, diz secretário do Tesouro
Segundo Paulo Valle, caso não seja registrado um superávit, o déficit deve ser o menor desde 2014
O secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, acredita que 2021 pode encerrar com as contas públicas no azul, após sete anos consecutivos de rombo fiscal. Segundo ele, caso não seja registrado um superávit, o déficit deve ser o menor desde 2014.
“Como falta só um mês para o ano acabar, nossa estimativa é que tem grande possibilidade de que tenhamos o primeiro superávit do setor público, considerando estados municípios, desde 2013”, disse em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29).
Desde 2014, as contas públicas brasileiras registram déficit primário, que é quando as receitas do governo não cobrem os gastos públicos. O recorde foi em 2020, quando as despesas extraordinárias com a pandemia de Covid-19 levaram o buraco fiscal a R$ 743 bilhões.
O cálculo do secretário para o resultado de 2021 leva em conta um déficit de R$ 70 bi do Governo Central abatido com superávit das contas de estados e municípios.
“Quando vemos de janeiro a novembro, temos um déficit de R$ 49 bi. Se em dezembro for R$ 70 bi do Governo Central e estados com R$ 75 bi de superávit, falamos de um superávit primário de R$ 5 bilhões no setor público (Governo Federal, governos regionais e estatais)”, explicou.
Valle afirmou que apesar da retomada econômica, 2022 será um ano com “bastante desafios” na economia brasileira. “Mas entendemos que estamos bem posicionados para enfrentar o ano, que não vai ser tranquilo. Bem posicionados especialmente na dívida pública”