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    Apesar de queda em maio, preço da carne bovina deve seguir em alta, diz professor

    À CNN Rádio, Thiago Bernardino avaliou que, no curto prazo, não há como o preço das carnes se sustentar em um patamar mais baixo

    Amanda Garcia

     

    Apesar da oscilação ao longo de maio, com tendência predominante de queda, o preço do boi gordo não deve se sustentar em um patamar baixo.

    Esta é a avaliação do professor e pesquisador da USP, Thiago Bernardino, em entrevista à CNN Rádio.

    O momento, segundo ele, é de “transição de safra para entressafra”, com um volume maior de gado no campo.

    “Maio teve queda, mas junho deve continuar pressionado, no final do primeiro semestre para o segundo, ainda deveremos ter preços elevados do boi gordo.”

    O professor explica que o Brasil é beneficiado na medida em que produz um grande volume de carne suína e de frango também. “Com custos elevados de energia e combustíveis, o poder de compra não permite só carne bovina e o consumidor busca alternativas, que também tiveram valorização, mas não no mesmo ritmo.”

    O custo também é mais alto no campo, algo que é transferido para o consumidor. “Após a demanda muito forte, até interna, em 2020 e 2021, tivemos problemas de logística de insumos que vêm, por exemplo, da Ásia, no curto prazo não existe possibilidade de queda mais forte do preço da carne.”

    No caso da carne bovina, Thiago disse que há “recuperação da oferta”: “Esse animal tende a começar a aparecer no campo, somado o câmbio a R$ 4,80 ou R$ 5, desfavorece a diminuir a exportação, por outro lado o aumento de juros pode fazer com que haja equilíbrio entre oferta e demanda.”

    “Com todos esses fatores, pode ter uma oferta um pouco melhor e controle melhor, no médio e longo prazo pode ser positivo, mas com o segundo semestre, com Copa do Mundo, eleição, tem acúmulo de renda e o preço pode voltar a subir”, completou.

    *Com produção de Isabel Campos

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