Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Anúncio de Guedes sobre “pacote verde” é bem-vindo, diz economista

    Sérgio Bessermann afirmou à CNN que é essencial que o país siga um caminho de crescimento que envolva a transição para a economia de baixo carbono

    Da CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, o professor de Economia da PUC-Rio Sérgio Bessermann afirmou que os novos recursos anunciados pelo ministro da Economia Paulo Guedes são “bem-vindos”. À CNN Internacional, o chefe da pasta disse que o Brasil criará um pacote de US$ 2,5 bilhões em infraestrutura verde.

    “São um avanço [os recursos], mas muito distantes ainda de um compromisso efetivo e de uma compreensão que a transição para o baixo carbono é uma oportunidade, mas ao mesmo tempo uma condição para o desenvolvimento social e econômico brasileiro”, disse Besserman.

     

    De acordo com Guedes, o pacote será anunciado na COP26, em Glasgow (Escócia), no começo de novembro. “O Brasil é uma potência verde e o quarto maior mercado digital do mundo”, afirmou o ministro na entrevista.

    Para Besserman, as declarações são contrastantes com relação à posição do governo federal até então, já que o presidente Bolsonaro não se pronunciou nos temos uma economia sustentável. Contudo, o professor disse que é muito importante que o país siga no caminho da economia verde. “Se não o fizermos, seja aquilo que decorra de investimento público, ou concessões, se não for a baixo carbonos, será o mesmo que jogar dinheiro fora, porque em poucos anos será improdutivo.”

    “Nós estamos vindo de um leilão de exploração de Petróleo em área como Fernando de Noronha, de uma MP no setor de energia que propõe levar gás a áreas distantes que não tem nem gasodutos, que ficariam [essas áreas] ancoradas em fósseis por um tempo enorme, então é dinheiro jogado fora”, completou.

    Sobre possíveis tarifas, o professor acredita que é natural que haja tarifação para compensar os custos de transição para uma economia de baixo carbono. “E ela ocorrerá na direção de países que não acompanham essa direção.”

    Tópicos