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    Amazon ainda está ‘muito tímida’ no Brasil, diz COO do Mercado Livre

    Em entrevista ao CNN Líderes, o executivo Stelleo Tolda afirma que a pandemia fez o Mercado Livre até triplicar em vendas em países da América Latina

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Quando foi anunciado que a gigante americana Amazon iria intensificar os seus investimentos no Brasil, em 2018, as ações de diversas empresas do setor despencaram na bolsa. No ano passado, com a chegada do Amazon Prime, um combo de serviços da varejista eletrônica, nova queda das bolsas. A questão é que, até agora, a empresa não está nem entre as cinco primeiras no setor, segundo Stelleo Tolda, COO do Mercado Livre, maior empresa do setor na América Latina. 

    “Muito tímida é a palavra para definir a atuação da Amazon. Sem dúvida é uma empresa inovadora e que respeitamos, mas o mercado brasileiro já é bem concorrido e tem atores maiores do que ela”, diz Tolda em entrevista ao programa CNN Líderes.

    Se a rival mais temida não tem tido tanto sucesso no Brasil e na América Latina, o Mercado Livre também não vem reclamando dos seus resultados. Segundo Tolda, a companhia chegou a dobrar e até triplicar de tamanho em alguns dos 18 países em que atua na região. Em nenhum mercado houve redução.

    “A empresa está tendo um efeito extremamente positivo na pandemia e vimos diversas pessoas comprando online pela primeira vez”, diz Tolda. 

    Não à toa, a empresa passou a abrir ainda mais a carteira para conseguir dar conta da demanda – e fazer com o que o seu consumidor ficasse ainda mais familiarizado com o comércio eletrônico. Somente no Brasil, o investimento esperado é de R$ 4 bilhões até o fim do ano, especialmente na área de logística.

    Além disso, a empresa contratou 1,5 mil pessoas nesse período e se prepara para abrir mais 5 mil vagas em todo o continente – 45% delas no Brasil.

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    Apesar de todas as chegadas, a empresa também precisou reformular a maneira como os seus funcionários atuam. Nos centros de distribuição, por exemplo, cedeu transporte e passou a monitorar a temperatura de todos os colaboradores. No time corporativo, cerca 90% dos 11 mil funcionários passaram a trabalhar remotamente.

    Apesar disso, segundo Tolda, foram “pouquíssimos” os casos dentro da empresa. Quem apresentou a doença foi afastado e cumpriu a quarentena totalmente isolado.

    Hábitos de consumo

    O Mercado Livre também percebeu as demandas dos seus clientes mudarem em cada momento da quarentena. Se no início, a maioria passou a buscar itens de saúde e segurança pessoal, como álcool em gel, máscaras e equipamentos de proteção, além de alimentos e bebidas, na metade do isolamento tudo mudou.

    Como as pessoas entenderam que ficariam um período mais prolongado em casa, nas cestas de compras passaram a ser comuns produtos até de maior valor agregado, como eletrônicos.

    “Algumas pessoas começaram a montar escritórios em casa e compraram laptops e materiais para escritório e até jogos e brinquedos para entreter as crianças”, diz Tolda. 

    Confira a entrevista completa no programa CNN Líderes.

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