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    Aluguel nas cidades de São Paulo e do Rio registra alta pelo 12° mês consecutivo

    Levantamento da startup Quinto Andar mostra crescimento no valor do metro quadrado em São Paulo e no Rio de Janeiro

    Isabelle SalemeMarcia Barrosda CNN , em São Paulo

    O metro quadrado na cidade de São Paulo atingiu a média de R$ 40,58. É o maior valor desde que o levantamento da startup Quinto Andar começou a ser feito, em 2019.

    Somente no mês de agosto, quando a capital paulista registrou o 12º mês consecutivo de alta dos preços, o crescimento foi de 0,9% na comparação com julho. Em 12 meses, o valor médio do metro quadrado subiu 16,1%. Neste ano, o avanço foi de 11,03%.

    Dados do índice QuintoAndar de Aluguel mostram que, nos últimos seis meses, três em cada quatro das regiões analisadas registraram valorização do preço do metro quadrado, o equivalente a 46 bairros.

    Água Fria (19,7%), Bom Retiro (19,5%), Pinheiros (13,6%), Jardim Marajoara (12,6%) e Ipiranga (12,2%) foram os cinco bairros com a maior alta no preço.

    Segundo Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar, a alta acontece principalmente em imóveis localizados em regiões com acesso fácil ao transporte público e próximas de onde há mais oferta de empregos.

    “O aumento dos preços em São Paulo está espalhado por toda a cidade, mas o aumento é maior em regiões com maiores opções de transporte público, como as linhas de metrô. Isso decorre da necessidade de as pessoas voltarem a morar perto do trabalho, com o arrefecimento da pandemia”, destacou Reis.

    91% das regiões analisadas no Rio tiveram aumento de preço

    No Rio de Janeiro a situação é semelhante. Apesar de menor do que em São Paulo, o metro quadrado na capital fluminense também atingiu o valor mais alto da série histórica, de R$ 34,71.

    Em agosto, a capital também registrou o 12º mês consecutivo de alta dos preços. Na comparação com o mês anterior, a alta foi de 1,02%. Em 12 meses, o valor médio do metro quadrado subiu 18%. Neste ano, o aumento foi de 12,29%.

    Os dados da plataforma de aluguéis mostram que a valorização foi sentida em praticamente toda a cidade, o equivalente a 91% das regiões analisadas.

    Só os bairros Pechincha (-5,7%) e Grajaú (-0,5%) registraram queda nos preços nos últimos seis meses encerrados em agosto.

    Por outro lado, Lagoa (31,6%), Jardim Oceânico (26,1%), Vila Isabel (22,3%), Barra da Tijuca (16,4%) e Laranjeiras (12,5%) foram os cinco bairros com o maior crescimento.

    De acordo com o especialista em finanças do Insper, Ricardo Rocha, a alta nos preços dos aluguéis está relacionada com a retomada da economia.

    No entanto, não significa que o inquilino não possa barganhar por um valor mais baixo.

    Dados do Quinto Andar mostram que a diferença entre o preço do anúncio e do contrato ficou em -9,47%.

    “Isso significa que os preços dos anúncios seguem subindo, diante da expectativa positiva do mercado, mas que o valor efetivamente pago não tem registrado um movimento da mesma magnitude. Ou seja, ainda há espaço para barganhar e conseguir o melhor preço”, reforçou Thiago Reis.

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