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    Alta no refino do petróleo faz preços dispararem em outubro para máxima em 6 meses

    Preços ao produtor brasileiro aceleraram e tiveram alta de 2,16% em outubro, segundo dados do IBGE

    Da Reuters

    Os custos do refino de petróleo pesaram e os preços ao produtor no Brasil aceleraram a alta de 2,16% em outubro, a mais forte em seis meses, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia subido 0,25%, e o resultado de outubro é o mais forte desde abril (+2,19, marcando uma série de mais de dois anos de inflação na indústria — a última taxa negativa do IPP foi em agosto de 2019.

    O resultado de outubro leva o índice a acumular em 12 meses avanço de 28,83%.

    Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 22 apresentaram alta em outubro, com destaque para refino de petróleo e produtos de álcool (7,14%).

    “Essa taxa é reflexo da variação do óleo bruto de petróleo, cujo preço vem aumentando no mercado internacional”, explicou o gerente da pesquisa, Alexandre Brandão. A atividade acumula no ano alta 60,38%, a maior taxa para outubro desde o começo da série histórica, em 2014.

    Também pesou com força a alta de 6,38% na atividade de outros produtos químicos, ligada principalmente aos preços internacionais e ao custo de diversas matérias-primas, como a nafta. Além disso, a demanda da indústria por produtos químicos está aquecida, segundo o IBGE.

    “É um setor diretamente afetado pelo refino de petróleo. Então, a alta no refino acaba puxando o resultado de outros produtos químicos”, explicou Brandão.

    O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

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