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    Alta dos alimentos não será resolvida da noite para o dia, diz economista

    À CNN Rádio, Guilherme Dietze afirmou que escalada dos preços é fruto de ‘problema de oferta global’

    Amanda GarciaBel Camposda CNN em São Paulo

    A alta dos preços dos alimentos não será resolvida “da noite para o dia”, de acordo com o assessor econômico da Fecomercio de São Paulo, Guilherme Dietze.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele avalia que o problema da escalada dos preços não é exclusivamente brasileiro. A subida do preço das commodities durante a pandemia elevou os preços, com aumento da demanda global por alimentos, principalmente da China.

    Para Dietze, a inflação é um problema relacionado, principalmente, à baixa oferta. “Ficamos fechados no ano passado, mas as economias fizeram estímulos, como redução de juros, que elevaram a demanda e provocaram desequilíbrio da demanda. A oferta foi pega de surpresa, por isso o aumento das commodities”, explicou.

    O economista também vê que a crise hídrica no Brasil com um problema adicional que deve “continuar pressionando a inflação, e a gente não vê melhora nesse sentido”, afirmou. Para ele, a seca e o impacto sobre o setor energético devem se prolongar até meados do ano que vem.

     

    Com relação ao consumo interno, de alimentos, a situação do consumidor, segundo Dietze, “é delicada” e sem solução a curto prazo por conta da renda “corroída pela inflação”, o que causa receio para ampliar os gastos.

    “Temos o maior nível de endividamento em mais de dez anos, com pessoas usando o cartão de crédito para compras de itens básicos, tem sido a modalidade mais fácil para ‘jogar a conta para frente’”, disse.

    Outro problema, de acordo com Dietze, é que esse ‘para frente’ também não apresenta perspectiva de melhora.

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