Alta de serviços em junho supera em 14,3% nível pré-pandemia e CNC revisa projeção
Entidade prevê que segmento apresente alta de 2,2% ao fim deste ano
O crescimento do setor de serviços chegou a 1,7% em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta levou a Confederação Nacional do Comércio (CNC) a revisar para cima a projeção de crescimento do setor, que deve atingir 2,2% neste ano.
O crescimento do setor terciário em junho foi acima da média registrada para o mês nos dois anos anteriores e supera em 14,3% o nível registrado no período pré-pandêmico.
A Confederação aponta que, para os próximos meses, a interrupção do processo de queda dos juros impacta as expectativas quanto ao nível de atividade econômica.
Ela pondera, porém, que apesar do cenário mais desafiador, o desempenho do mercado de trabalho deverá assegurar avanço anual também no turismo, com cerca de 3,4%.
Com destaque para o crescimento dos serviços, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, aponta que o movimento aquece o mercado e estimula o desenvolvimento das pequenas empresas, “suscitando novas demandas e ampliando as possibilidades de negócios em todo o país”.
A análise publicada pela CNC indica ainda que a estabilidade dos preços no curto prazo deve ter contribuído para o crescimento do setor terciário em junho.
Outro fator apontado entre as possíveis motivações é o fato da inflação dos serviços ter convergido para um nível mais próximo do índice geral de preços.
“Com a menor taxa de desemprego em dez anos, é o mercado de trabalho que tem se destacado ao puxar os resultados do setor. Somado à massa real de rendimentos, o cenário tem impulsionado as receitas, especialmente em relação aos serviços prestados às famílias e aos serviços de informação”, destaca a análise.
Turismo avança
Na comparação com o mês de maio, o turismo teve alta de 3,4%. Esse foi o maior percentual mensal desde maio de 2023, segundo a CNC.
Com isso, o volume das receitas está 7,7% acima do observado no começo da pandemia.
Por outro lado, as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul também impactaram os dados. O número de passageiros que usa o fretamento rodoviário para se locomover ao estado caiu 32,2% em comparação com junho de 2023.
