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    Agência aponta saturação do Porto de Santos e defende novo terminal de contêineres

    À CNN, Eduardo Nery afirma que contratos para a operação privada de hidrovias terão compensações automáticas às futuras concessionárias por eventos extremos, como cheias e secas prolongadas

    Daniel RittnerGabriela Pradoda CNN , em Brasília

    O Porto de Santos (SP), maior porta de entrada e saída de mercadorias do Brasil, já usa 90% de sua capacidade instalada nos terminais de contêineres e estará totalmente saturado para movimentar esse tipo de carga em 2028.

    “A ampliação de capacidade é fundamental. Um terminal de contêineres roda de maneira adequada com até 75% de sua capacidade ocupada. A partir daí, a operação se torna menos eficiente”, disse à CNN o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery.

    “Já estamos com 90%. E você tem que estar com a sua expansão da capacidade sempre à frente da demanda. [No momento], já está saturado. Até 2028, chegaria no limite”.

    Nery defende o leilão de um novo terminal de contêineres, o STS 10, cujo projeto foi colocado em marcha lenta pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A licitação do STS 10 foi planejada pelo Ministério da Infraestrutura na gestão Jair Bolsonaro (PL), sob comando do hoje governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas acabou não sendo levada adiante pelo atual governo, que considerou outras alternativas para desobstruir esse gargalo em Santos.

    O Tribunal de Contas da União (TCU) já recomendou a retomada da licitação. Hoje a Santos Brasil e a BTP dividem a movimentação de contêineres no principal porto do país. O terminal da DP World, que opera fora da poligonal (área geográfica do porto público) de Santos, complementa a oferta.

    “Eu vejo a exploração daquela área [onde está o STS 10] quase como inevitável”, afirmou o diretor-geral da Antaq.

    O governo Lula cogitou opções ao STS 10, como a expansão do terminal de contêineres operado pela BTP e a renovação do contrato do Ecoporto (controlado pela Ecorodovias), que venceu no ano passado e hoje ocupa o mesmo espaço.

    “Uma alternativa que se ventila de adensamento de outras áreas”, observou Nery, referindo-se a essas opções. “Mas eu acho menos provável. Eu acho que a tendência é uma utilização [do espaço] para o STS 10”.

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