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    Adriano Pires não enviou os documentos solicitados pela Petrobras

    Formulário preenchido seria o primeiro passo para processo de checagem interna da estatal. Uma semana se passou entre indicação e desistência

    Pedro Duranda CNN no Rio de Janeiro

    O economista Adriano Pires indicado para assumir a presidência da Petrobras não enviou os documentos solicitados de acordo com fontes da companhia ouvidas pela CNN. Com isso, o processo de background check, praxe para indicações ao conselho, não foi feito.

    O primeiro formulário exigido pela estatal tem 18 páginas. Pires recebeu o documento, mas não preencheu. A CNN questionou o economista sobre isso mas ainda não teve resposta.

    O nome de Pires foi oficializado na lista encaminhada pelo Ministério de Minas e Energia à Petrobras no dia 28 de março. A desistência foi formalizada uma semana depois, no dia 4 de abril.

    Na véspera da desistência, no entanto, a pasta informou em nota: “Adriano Pires, desde a semana passada, está cumprindo os trâmites legais e administrativos exigidos para a proposição do nome dele à Assembleia Geral Ordinária no dia 13 de abril”.

    Em carta, Pires disse que não conseguiria se descompatibilizar das atividades no setor privado para assumir o cargo e que, por isso, começou imediatamente os procedimentos para se desligar do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria que havia fundado há mais de 20 anos e que está sendo administrada pelo filho dele.

    “Ao longo do processo, porém, percebi que infelizmente não tenho condições de fazê-lo em tão pouco tempo”, afirmou o economista. Na prática, de acordo com a Lei das Estatais, de 2016, é proibido que executivos de companhias estatais tenham parentes em empreendimentos concorrentes, o que poderia trazer problemas a Pires.

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