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    Adidas planeja preencher pelo menos 30% das vagas nos EUA com negros e latinos

    A empresa também se recusou a dizer qual porcentagem atual de suas vagas na América do Norte composta por funcionários negros e latinos

    Clare Duffy, , da CNN Business

     
    Mulher com máscara de proteção contra coronavírus passa por banner da Adidas
    Mulher com máscara de proteção contra coronavírus passa por banner da Adidas em Pequim, China (20.Fev.2020)
    Foto: Tingshu Wang/Reuters

    A Adidas planeja preencher um mínimo de 30% de suas novas posições de trabalho nos EUA com negros ou latino-americanos, anunciou a empresa nesta terça-feira (09), juntamente com várias outras ações que está realizando em resposta a protestos recentes sobre a morte de George Floyd, que pedem por justiça racial.

    Dezenas de grandes corporações, incluindo a Adidas, fizeram declarações na semana passada expressando solidariedade ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). Ao mesmo tempo, as empresas enfrentaram pedidos para abordar representações desiguais e racismo sistêmico dentro de suas próprias instituições.

    Nos últimos dias, centenas de funcionários da Adidas saíram do trabalho para se manifestar fora da sede norte-americana da empresa em Portland, no estado de Oregon, pedindo à empresa para apoiar melhor os funcionários negros, de acordo com um relatório do Portland Business Journal. A Adidas, como outras empresas de roupas esportivas, lucrou com acordos de patrocínio com atletas e celebridades negras usando a cultura negra como inspiração para projetos e planos de marketing.

    “Os eventos das duas últimas semanas fizeram com que todos refletíssemos sobre o que podemos fazer para enfrentar as forças culturais e sistêmicas que sustentam o racismo”, disse o CEO da Adidas, Kasper Rorsted, no comunicado desta terça-feira (09).

    “Tivemos que olhar para dentro de nós mesmos como indivíduos e da nossa organização e refletir sobre sistemas que prejudicam e silenciam a comunidade negra”, disse ele. “Embora tenhamos falado sobre a importância da inclusão, precisamos fazer mais para criar um ambiente em que todos os nossos funcionários se sintam seguros, ouvidos e tenham a mesma oportunidade de progredir em suas carreiras”.

    Além do mínimo de 30% de novas contratações, a Adidas planeja anunciar uma “meta adicional destinada a aumentar a representação de pessoas negras e latinas na nossa força de trabalho na América do Norte”. A Adidas se recusou a dizer qual porcentagem atual de sua força de trabalho nos EUA ou na América do Norte composta por funcionários negros.

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    A Adidas também doará US$ 20 milhões [cerca de R$ 98 mihões] nos próximos quatro anos em três iniciativas que afirma apoiar comunidades negras: Adidas Legacy, a plataforma básica de basquete da empresa para comunidades carentes; a Adidas School for Experiential Education in Design [Escola Adidas para Educação Experimental em Design], que ajuda as pessoas a criar carreiras em design de calçados; e Honoring Black Excellence [Honrando a Excelência Negra], que a empresa descreve como “uma iniciativa que honra e apoia a comunidade negra a partir do esporte”.

    A Adidas também planeja financiar 50 bolsas de estudos por ano para funcionários negros de universidades “parceiras”, porém não forneceu mais detalhes.

    “Reconhecemos a imensa contribuição da comunidade negra para o nosso sucesso”, afirmou a empresa. “Prometemos melhorar a cultura de nossa marca para garantir equidade, diversidade e oportunidade. Entendemos que a luta contra o racismo é aquela que deve ser combatida de forma contínua e ativa. Devemos e faremos melhor”.

    O compromisso da Adidas seguiu o anúncio de sua concorrente, a Nike, que afirmou doar US$ 140 milhões [cerca de R$ 687 milhões] em quatro anos para “organizações que colocam a justiça social, a educação e a luta contra a desigualdade racial nos Estados Unidos no centro de seu trabalho”, embora não tenha mencionado nomes de quaisquer organizações específicas.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês). 

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