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    Acionistas minoritários da Americanas pedirão ao MPF que investigue PwC

    Representante do grupo alega que a consultoria aprovou, em 2021, demonstrações financeiras da empresa com rombo de R$ 20 bilhões

    Diego Mendesda CNN , São Paulo

    Os acionistas minoritários da Americanas vão entrar com uma ação contra a consultoria multinacional PwC pela prática de crimes contra o mercado de capitais e financeiro do Brasil.

    O advogado que representa o grupo, Daniel Gerber, disse que o balanço com o rombo de R$ 20 bilhões foi aprovado pela PwC em 2021 sem nenhuma ressalva.

    “O que pediremos é a inclusão dos diretores da PwC na investigação para se verificar o grau de responsabilidade de cada um deles diante do caso das americanas. Mas, de qualquer maneira, vamos solicitar ainda a investigação séria e severa sobre todos os diretores e grupo controlador das americanas [3G Capital]”, explica.

    Gerber acrescenta que pedirá também o bloqueio de bens de valores de pessoas que tiver indicação de alguma responsabilidade direta, via ação ou via omissão.

    Referente à consultoria, o advogado diz que a PwC é uma auditoria independente e, por isso, se torna responsável pela lisura das informações que são prestadas ao público por parte da empresa.

    “É justamente para isso que ela existe. Ela audita, confere o selo de qualidade a essas empresas. E é por meio deste selo que os investidores compram ou deixam de comprar determinadas ações”, pontua.

    O advogado destaca que, quando há uma auditoria independente que se vincula a uma determinada empresa por obrigações legais do ponto de vista penal, ela se torna uma figura chamada agente garantidor.

    “A consultoria deveria agir para evitar o resultado. Caso ele não aja a contento ou não evite o resultado, ela responde junto com as pessoas que praticaram o ilícito. Então, diante do rombo de R$ 40 bilhões, é evidente que a PwC não apenas falhou no seu intento, como também colaborou”, concluiu.

    A CNN entrou em contato com a PwC, mas a auditora disse que não comenta casos de clientes.

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