95% dos CEOs do Brasil são homens, aponta pesquisa
Pesquisa revela disparidade salarial e de gênero entre executivos de alto escalão
Uma pesquisa realizada pela Vila Nova Partners revelou dados surpreendentes sobre os CEOs das principais empresas de capital aberto no Brasil. O estudo, que analisou mais de 80 companhias listadas na bolsa de valores, trouxe à tona informações impactantes sobre salários e perfil dos executivos de alto escalão.
O dado mais impressionante é o salário médio mensal dos CEOs: R$1,28 milhão. Este valor representa mais de 600 vezes a média salarial dos trabalhadores brasileiros, que gira em torno de R$2 mil por mês. Anualmente, esses executivos recebem cerca de R$15 milhões, um montante que evidencia a enorme disparidade econômica no país.
Perfil dos CEOs brasileiros
Além dos salários astronômicos, a pesquisa também traçou um perfil detalhado dos CEOs no Brasil:
– 95% são homens, ressaltando uma significativa desigualdade de gênero nos cargos de liderança;
– A idade média é de 54 anos;
– 46% têm formação em engenharia;
– Apenas 5% são estrangeiros.
A predominância masculina é gritante, com apenas 5% dos cargos de CEO ocupados por mulheres. Este percentual teve um ligeiro aumento recentemente, passando de 4% para 5%, devido à nomeação de Magda Chambriard como presidente da Petrobras.
Formação acadêmica e trajetória profissional
O estudo destaca que quase metade dos CEOs (46%) tem formação em engenharia. Essa preferência por engenheiros em cargos de liderança pode ser atribuída à sólida formação oferecida pelas escolas de engenharia brasileiras, que desenvolvem habilidades em gestão, estratégia e raciocínio analítico.
Muitos desses profissionais complementam sua formação com MBAs, pós-graduações ou doutorados em administração, criando um perfil altamente valorizado pelo mercado. Esta trajetória acadêmica e profissional tem se mostrado um caminho frequente para alcançar as posições mais altas e bem remuneradas nas grandes corporações do país.
Os dados apresentados nesta pesquisa lançam luz sobre a realidade do mundo corporativo brasileiro, evidenciando não apenas as disparidades salariais, mas também os desafios persistentes em termos de diversidade e inclusão nos níveis mais altos de gestão das empresas nacionais.