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    86% dos brasileiros têm medo de fraudes ou violação de dados pessoais

    Pesquisa da Febraban obtida pela CNN mostrou percepção das pessoas com crimes cibernéticos, que tiveram aumento de 100% em relação ao ano passado

    Amanda Garcia, , da CNN Brasil, em São Paulo

    Uma pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), obtida pela CNN nesta sexta-feira (2), mostra que 86% dos brasileiros entrevistados têm medo de cair em golpes ou que seus dados pessoais sejam violados.

    A preocupação faz sentido. Segundo dados da federação, os ataques de phishing, a chamada pescaria digital, cresceram 100% em relação ao ano passado, enquanto os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram crescimento ainda maior, de 340%.

    Em entrevista à CNN Rádio, Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas, também responsável pelo estudo, atribuiu o receio da população em cair em golpes a dois fatores.

    “Primeiro, as informações que as pessoas absorvem na mídia, que traz dados reais, e, segundo, a experiência concreta dos indivíduos, que são vítimas desse tipo de crime. Isso tem crescido ao longo do tempo, com a digitalização da sociedade e sobretudo na pandemia”, avaliou.

    Alinhado a esse dado, 91% responderam que crimes cibernéticos aumentaram durante a pandemia. Lavareda avaliou que esses números despertaram interesse pela segurança de dados digitais.

    “83% têm interesse de acompanhar a segurança de dados digitais e privacidade. A pesquisa também aponta que as pessoas têm compreensão bastante razoável que, em alguns casos, seus dados sejam utilizados, desde que contribuam para melhorar a sociedade”, afirmou.

    Lavareda disse ainda que o incremento da digitalização “abre a porta para a criminalidade” e as pessoas “sentem isso”. “São familiares, amigos, que são ameaçados ou vítimas de tentativas de crime. A pesquisa mostra que só 53% não receberam mensagens de telefonia com solicitação fraudulenta, praticamente metade da população já foi alvo disso.”