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    Lula viaja à China entre 24 e 30 de março, com Dilma e Haddad no avião presidencial

    Guerra na Ucrânia, Dilma no banco dos Brics e planta da Ford na Bahia devem ser temas abordados

    Priscila Yazbekda CNN

    em Paris

    A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China deve acontecer entre os dias 24 e 30 de março, segundo fontes do Palácio do Planalto. No avião presidencial, devem embarcar também a ex-presidente Dilma Rousseff e o ministro da Economia, Fernando Haddad.

    O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, também acompanha o presidente na viagem, mas não está definido se irá no avião da FAB porque há a possibilidade de que o chanceler embarque alguns dias antes.

    A CNN já havia apurado que Dilma vai acompanhar Lula para que seja sacramentada sua indicação à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos Brics, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    A agenda de compromissos central está prevista para os dias 27 a 29, em Pequim, sendo que os principais encontros serão no dia 28. No dia 30, a comitiva segue para Shangai, provavelmente para tratar da indicação de Dilma NBD, que tem sede na cidade.

    A CNN entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério de Relações Exteriores, mas o Itamaraty ainda não confirma a viagem, mesmo que o presidente Lula já tenha falado que a ida à China está prevista para março.

    Há a expectativa de que entre os temas abordados na viagem, Lula fale com o presidente chinês Xi Jinping sobre a guerra na Ucrânia. Mas fontes ligadas ao Partido Comunista Chinês disseram à CNN anteriormente que os apelos de Lula para a entrada da China em grupo pela paz na Ucrânia “devem entrar por um ouvido e sair por outro”.

    Os chineses podem inclusive pedir para que o assunto guerra seja retirado da pauta durante a visita de Lula ao país.

    Fontes ligadas ao governo chinês dizem que Lula pode ter mais sorte ao falar de fome do que de guerra na Ucrânia. Lula e o presidente chinês Xi Jinping devem conversar sobre uma aliança global Brasil-China contra a fome e a pobreza, nos moldes da aliança da China com a África.

    Da parte dos chineses, há interesse em abordar também parcerias no setor de energia.

    O analista Caio Junqueira apurou ainda que a comitiva brasileira deve operar politicamente para que os chineses comprem a planta da empresa americana Ford em Camaçari, na Bahia.

    A ideia é apresentar aos chineses benefícios da compra, como isenções fiscais que o governo da Bahia estuda conceder. Para o governo brasileiro, a consolidação do negócio seria simbólica por diversos pontos.

    Mas o principal: trata-se de uma empresa americana que deixou o país e que seria comprada por uma empresa chinesa no estado há mais tempo governado pelo PT no Brasil.