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    Lula dá recado a EUA e Europa sobre influência da China: “Se não querem investir, tem gente que quer”

    Em meio à guerra de influências entre China, Europa e EUA, presidente diz que países precisam entender que América Latina é mercado disputado

    Priscila Yazbek

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou, ao final da cúpula Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) – União Europeia, que se as potências ocidentais não quiserem investir no Brasil, há outros países interessados.

    Uma das razões para a realização do encontro, realizado nesta semana na Bélgica, foi a intenção dos europeus em estreitar laços entre a América Latina e Caribe, para reduzir a influência chinesa na região.

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    “Se os Estados Unidos não querem fazer investimento, tem gente que quer. Se a Europa não quer fazer investimento, tem gente que quer”, disse o presidente em coletiva de imprensa para fazer um balanço da viagem, nesta quarta-feira (19).

    Fontes do governo afirmam que a fala faz referência à China e que o presidente quis dizer que, se os americanos e europeus não investirem no Brasil, os chineses seguirão aumentando sua influência sobre a região.

    O presidente também ressaltou que o Brasil não participava há anos de encontros internacionais e que o fato de participar da Celac mostra “de forma inequívoca” o interesse da União Europeia pela América Latina. “Poucas vezes vi tanto interesse”, disse.

    Lula destacou ainda que as potências ocidentais precisam entender que o mercado latino-americano é disputado.

    “Como estamos na era da competitividade, as pessoas precisam entender que é preciso disputar. E a América Latina é um mercado muito importante para a União Europeia”.