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    Lira elogia abertura de diálogo com Haddad e quer reforma tributária em 2023

    Grupo de trabalho para discutir a reforma antes de o texto seguir para o plenário foi criado nesta quarta-feira na Câmara

    Emanuelle LeonesLuciana Amaralda CNN

    em Brasília

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), elogiou, nesta quarta (15), a relação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com o Congresso e disse que o titular da pasta “não tem se furtado, não tem se ausentado, tem conversado e dialogado” com interesse em temas econômicos perante o Parlamento.

    Segundo Lira, Haddad tem sido uma das figuras mais importantes do PT no diálogo com o Congresso.

    O presidente da Câmara ainda disse não haver um prazo exato para a aprovação da reforma tributária, mas reforçou que precisa acontecer ainda este ano. O grupo de trabalho para discutir a reforma antes de o texto seguir para o plenário foi criado nesta quarta.

    “É muito mais difícil um tema andar na Câmara que no Senado, então, quando o governo coloca na sua meta ajudar os deputados a debater um tema primeiramente na Câmara, é porque se conseguirmos avançar, em tese no Senado vai ser aprovado com mais facilidade. Não dá pra fixar um prazo, mas tem que ser esse ano. As conversas já foram iniciadas.”

    Na avaliação de Lira, “não vamos fazer nunca a reforma tributária que cada um tem na cabeça ou a que acha que é correta”. “A reforma tributária, se a gente desburocratizar, simplificar e ajustar alguns pontos, qualquer avanço nela já será significativa”, disse.

    Ele afirmou que será votada no plenário da Câmara a “reforma possível” tão logo o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tiver construído a base aliada na Casa.

    Arthur Lira deu as declarações ao participar de um evento promovido pelo banco BTG Pactual.

    O presidente da Câmara também falou que buscará tocar matérias que precisam ter uma “finalização por parte do Congresso Nacional”.

    Disse, por exemplo, não ver espaço para retroceder em determinados assuntos, como a autonomia do Banco Central e a privatização da Eletrobras.

    “Lógico que ninguém está acima de qualquer crítica e eu penso que, pelo que eu conheço tanto do presidente Lula quanto do presidente [do BC] Roberto Campos, eles são duas pessoas que vão saber dialogar e eu não tenho nenhum problema de o presidente Roberto ir ao Congresso Nacional. Ele só não deve ir por achismos, problemas ideológicos, situações de discussões que não têm um amparo, mas eu tenho certeza de que se ele for as coisas acontecerão.”

    Arthur Lira ainda disse que há um acordo com Haddad para que o novo marco fiscal a substituir o teto de gastos seja um “texto médio”, no sentido de não ser radical para nem um lado nem outro.

    “Esse compromisso foi feito na presença de todos os líderes da oposição ao governo para que o Ministério da Economia, o Planejamento, possam fornecer ao Congresso um texto médio, conceituado, razoável, equilibrado, que trate de responsabilidade fiscal sem esquecer a justiça social, mas que não descambe nem para um lado excessivamente nem para outro. [Que] seja um texto moderado. Esse terá aprovação. Então, antes de a gente falar do que a gente pode desmanchar ou mudar, vamos falar do que a gente pode construir, que vai ser esse o nosso objetivo.”