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    LGBTQIA+: 54% não sentem segurança no ambiente de trabalho

    Pesquisa da consultoria Mais Diversidade mapeou obstáculos no dia a dia profissional LGBT

    Jorge Fernando RodriguesVinícius Tadeuda CNN

    Em São Paulo

    Uma pesquisa realizada pela consultoria Mais Diversidade para mapear o perfil da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho revela que mais da metade dos entrevistados (54%) não sente segurança para falar abertamente sobre a própria orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente profissional.

    Em entrevista à CNN, o sócio-fundador da Mais Diversidade, Ricardo Sales, explicou como isso pode refletir no relacionamento e até na produtividade desses profissionais.

    “A pesquisa nos trouxe insights bastante interessantes e o primeiro que posso destacar é que para as pessoas LGBTs o ambiente de trabalho tem exatamente o mesmo peso do ambiente familiar, ou seja, não existe a divisão rígida entre vida pessoal e profissional”, disse Sales.

    Apesar dessa relação estreita entre trabalho e vida pessoal, 74% dos entrevistados sentem falta de um ambiente de trabalho mais inclusivo, enquanto para 54% é preciso mais referências de pessoas LGBTQIA+ no mercado profissional.

    “Para muitas pessoas LGBT o ambiente de trabalho não é um espaço seguro. É um local onde não se pode falar abertamente sobre algo que faz parte da sua vida como, por exemplo, sua orientação sexual, identidade de gênero ou sobre os relacionamentos que têm”, afirmou Sales.

    “Isso traz impacto muito grande na saúde mental porque as pessoas não se sentem acolhidas nem respeitadas, e, também, na produtividade. Afinal, se dentro da empresa eu não me sinto à vontade para ser quem sou, é claro que vou ser menos produtividade e a tendência é que eu saia daquela organização”, completou o especialista.