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    LG negocia fábricas de smartphones, inclusive a brasileira, com grupo vietnamita

    No Brasil, segundo dados do Statcounter, a Samsung liderava o mercado em 2020, com 45,1% do market share, seguida por Motorola, Apple, Xiaomi e LG

    Matheus Prado,

    do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    A gigante coreana LG, ao que tudo indica, parece estar deixando o mercado de montagem de smartphones. Depois do CEO da marca, Kwon Bong-seok, dizer na quarta-feira (20) que está aberto a negociar as plantas da operação móvel da companhia, o jornal Korea Times adiantou que já existem negociações em andamento.

    O comprador, segundo a reportagem, é o conglomerado vietnamita VinGroup, que já é o terceiro maior fabricante de celulares do seu país natal e atua em outras áreas como varejo e desenvolvimento imobiliário. Com isso, a companhia pretende ampliar seus negócios no ramo de telefonia, aproveitando a infraestrutura de ponta das fábricas da LG.

    Atualmente, a coreana tem plantas voltadas para a produção de smartphones no próprio Vietnã, na China e no Brasil, mais precisamente em Taubaté, no interior de São Paulo. Caso a negociação se concretize, a LG poderá ou não seguir desenvolvendo os produtos, que passam a ser montados pelo VinGroup.

    Informações do Korea Times mostram que a LG acumula prejuízos com sua divisão de celulares há 23 trimestres, ou seja, praticamente cinco anos. Nessa linha, Bong-seok teria enviado e-mail aos seus funcionários garantindo a manutenção dos seus trabalhos, mas afirmando que a companhia precisava tomar a melhor decisão.

    “Não importa qual será o rumo do nosso setor de comunicações móveis, colaboradores não precisam se preocupar, pois seus postos de trabalho serão mantidos”, disse. “Chegamos a um ponto em que precisamos julgar objetivamente nosso futuro e competitividade no segmento mobile e decidir o que fazer a partir disso.”

    No Brasil, segundo dados do Statcounter, a Samsung liderava o mercado em 2020, com 45,1% do mercado, seguida por Motorola (21,9%), Apple (13,6%), Xiaomi (7,1%), LG (6,5%) e Asus (2,5%).

    Procurada pela reportagem, a operação brasileira disse, em nota, que “o artigo sobre o fechamento da divisão de negócios de smartphones da LG é baseado em rumores antigos e infundados, e em especulações sem comprovações”.