Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Klabin vê lucro mais que dobrar no 1º trimestre com preços mais altos

    Ganho foi de R$ 875 milhões, alta de 108% frente ao igual período do ano passado

    Planta da Klabin em Betim, Minas Gerais (30.mar.2020)
    Planta da Klabin em Betim, Minas Gerais (30.mar.2020) Foto: Klabin/Divulgação

    da Reuters

    A produtora de papel e celulose Klabin registrou lucro líquido de R$ 875 milhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 108% frente ao igual período do ano passado, à medida que preços mais altos repassados aos clientes compensaram perdas com câmbio, menor volume de vendas e impactos na cadeia de suprimentos.

    O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,726 bilhão no período, avanço de 38% em base anual e que exclui efeito positivo não recorrente de R$ 20 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

    Analistas consultados pela Refinitiv esperavam, em média, Ebitda de R$ 1,748 bilhão.

    A receita líquida da companhia avançou 28% entre janeiro e março contra um ano antes, para R$ 4,4 bilhões, ainda que o volume bruto de vendas tenha caído 1% no intervalo.

    “Os reajustes de preços realizados em todos os negócios ao longo dos últimos trimestres permitiram compensar o impacto negativo da valorização do real em relação ao dólar nas exportações, levando ao forte crescimento da receita líquida no primeiro trimestre de 2022”, disse a Klabin no comunicado de resultados.

    Os efeitos de preços mais altos devem continuar beneficiando a companhia, dado que a Klabin anunciou recentemente elevação nos preços de celulose de fibra curta a clientes na China a partir de maio, enquanto no final de março e começo de abril houve reajuste para cima generalizado nos seus produtos para Ásia e na Europa.

    Com preços mais altos, a margem Ebitda ajustada recorrente da Klabin subiu de 36% a 39% ano a ano, mas caiu frente o percentual de 41% registrado no quarto trimestre.

    A tendência de melhora na base anual e queda na comparação trimestral é vista por todo o balanço da Klabin, com o lucro líquido recuando 17% frente aos três meses imediatamente anteriores, diante de menores volume de vendas, receita líquida e margens.

    Entre os dados operacionais, a produção total em toneladas da empresa subiu 5% nos três meses encerrados em março em relação a igual etapa de 2021, com alta de 20% no negócio de papéis compensando queda de 14% em celulose devido à parada de manutenção da unidade Puma.

    Já a diminuição de 1% no volume de vendas totais, excluindo madeira, deve-se a recuos de 11% cada em celulose e embalagens, enquanto papéis subiu 24%. A Klabin afirmou que parte das vendas ficou para o trimestre atual por causa de “gargalos logísticos”.

    A situação macreconômica e dificuldade logística global também impactou no custo caixa total da empresa, que engloba custo com produtos vendidos e despesas administrativas e com vendas.

    O indicador avançou 22% no primeiro trimestre contra o ano anterior, diante da fatores como elevação nos preços de matérias-prima e do preço do frete, mas registrou estabilidade ante outubro a dezembro.

    A alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda caiu a 2,7 vezes em dólares, de 4 vezes um ano antes e 2,9 vezes no trimestre imediatamente anterior, por conta do aumento do Ebitda.