Justiça investiga postos de gasolina por propaganda enganosa
Ministério da Justiça recomenda atenção dos motoristas; caso o consumidor encontre uma prática abusiva, ele deve fazer a denúncia em órgãos de Defesa do Consumidor
![Preços de combustíveis em posto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro Preços de combustíveis em posto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/Reuters_Direct_Media/BrazilOnlineReportBusinessNews/tagreuters.com2021binary_LYNXMPEH9025E-FILEDIMAGE.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
Estão cada vez mais comuns os aplicativos que dão descontos e outros benefícios para clientes que abastecem os carros. O objetivo é fidelizar o cliente. Quem abastece sempre na mesma rede de postos, junta pontos e troca por descontos. Mas nem sempre o cliente consegue acessar as informações da promoção com clareza. Muitas vezes, abastece o carro pensando que o combustível está no preço e só depois descobre que o produto está mais caro.
O Analista Ambiental João Paulo Ribeiro, mora em Brasília, e conta que a prática é comum. Para ele, além dos anúncios confusos e sem detalhes, as propagandas muitas vezes não explicam os detalhes da promoção.
Para evitar propagandas enganosas de descontos em postos de combustível, o Ministério da Justiça e Segurança Pública começou uma investigação sobre atuação de duas grandes redes de postos. Elas vão ter que prestar esclarecimentos sobre esse tipo de publicidade, como destaca a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Lilian Brandão.
“Embora se reconheça que o oferecimento de descontos não seja em hipótese nenhuma uma prática ilegal. Como as informações têm sido apresentadas nos postos de combustíveis não são adequadas e claras. Elas estariam induzindo o consumidor ao erro que, obviamente, viola o código de defesa do consumidor no seu direito mais fundamental, que é o de informação clara e inteligível”.
O Ministério da Justiça recomenda atenção dos motoristas e caso o consumidor encontra uma prática abusiva, ele deve fazer a denúncia em órgãos como Procon, Ministério Público e Defensoria Pública.